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Famílias que contrataram consignado do Auxílio Brasil enfrentam dificuldades

A ajuda do consignado do Auxílio Brasil apenas quebrou um galho, pois quando o valor da parcela foi descontado do benefício, veio o aperto

Em outubro, quase R$ 5 bilhões foram emprestados por meio do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, de acordo com dados do Banco Central. Dessa forma, em apenas 15 dias, a Caixa Econômica Federal disponibilizou o crédito a pelo menos 1,6 milhão de beneficiários.

Assim, a princípio a medida foi vista como um alívio para as famílias pagarem seus gastos mais urgentes. Então, a reportagem do g1 foi até uma agência da Caixa Econômica Federal em São Paulo, além de pesquisar em grupos em redes sociais dedicados ao consignado para conversar com quem solicitou o crédito. Portanto, alguns dos motivos expostos para a solicitação do crédito foi a compra de uma geladeira, uma dentadura e pagar aluguel.

Aperto

Contudo, a ajuda apenas quebrou um galho, pois no mês seguinte, quando o valor da parcela foi descontado do benefício, veio o aperto.

“Tive que deixar de pagar a luz porque não tenho de onde tirar, vivo sozinha e pago aluguel. Me arrependi de ter feito”, afirmou Terezinha Medeiros, de 57 anos, ao g1.

De acordo com Terezinha, a atendente da Caixa disse que a primeira parcela só seria descontada dois meses depois. “Era pra dezembro a primeira parcela, mas eles descontaram antes do combinado”, diz.

Compras no supermercado

Já Ianca Souza, moradora de Belford Roxo, também se arrependeu da contratação do consignado, pois sente que o valor pago é “alto demais”. Assim, ao g1, ela disse que optou pelo empréstimo para fazer compras no supermercado e pagar dívidas. Ianca mora com seus três filhos que também dependem dessa renda, que foi reduzida.

“O primeiro mês que veio menos foi horrível, precisei pedir ajuda pra conseguir dar conta. Se eu pudesse voltar atrás, não tinha pegado.”

Pagar contas

Por fim, por mais que a  autônoma Mônica Pelaes da Silva, de 30 anos, não se arrependa de ter contratado o consignado, sentiu bastante em novembro.

“Não paguei todas as contas, fiquei devendo ainda. Precisei emprestar do meu tio”, contou.

Mônica contratou o empréstimo para “pagar umas dívidas e comprar comida”. Ela faz bicos de auxiliar de cozinha. E o marido, de servente de obras. No entanto, nenhum dos dois tem carteira assinada.

As informações são do g1.

Imagem: Antonio Guillem / Shutterstock.com