Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Famoso investidor bilionário quer pagar mais impostos ao governo

Em tradicional carta a investidores, CEO falou sobre impostos e criticou aqueles que fazem “economia criativa”. Leia.

O CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, 92 anos, usou sua carta anual a acionistas para reforçar sua disposição em pagar mais impostos. “Na Berkshire, temos a esperança e expectativa de pagar muito mais impostos durante a próxima década”, disse no texto.

Buffett, conhecido como “oráculo de Omaha”, tem tradicionalmente feito cartas como essa aos seus investidores nas últimas décadas. Atualmente, a Berkshire investe em gigantes como American Express, Bank of America, Coca-Cola etc.

Segundo dados mencionados por Buffett, na década encerrada em 2021, o Tesouro do país recebeu cerca de US$ 32,3 trilhões em impostos. Simultaneamente, gastou US$ 43,9 trilhões. No período, diz ele, a contribuição da Berkshire foi de US$ 32 bilhões.

Impostos e o teto de dívida dos EUA

Com isso, o montante pago representou “quase exatamente um décimo de 1% de todo o dinheiro que o Tesouro arrecadou”. Nesse sentido, no início de fevereiro, o presidente Joe Biden defendeu que os bilionários paguem mais impostos, durante seu discurso sobre o Estado da União.

Anteriormente, no último mês de janeiro, os EUA atingiram o teto de sua dívida – US$ 31,4 trilhões. Desde então, o Tesouro norte-americano passou a adotar medidas extraordinárias para honrar suas obrigações sem violar o limite estabelecido.

Por fim, a carta divulgada no último sábado (25), além de falar sobre impostos, não poupou críticas à chamada “contabilidade criativa”. De acordo com ele, ganhos operacionais podem ser facilmente manipulados pelos gestores que desejam fazê-lo.

 “Contabilidade criativa” é nojenta, diz Buffett

“Tal adulteração é muitas vezes considerada sofisticada pelos CEOs, diretores e seus consultores. Repórteres e analistas aceitam sua existência também. Superar ‘expectativas’ é anunciado como um triunfo gerencial”, aponta.

Em seguida, ele classifica a atividade como “nojenta”, e que não exige nenhum talento além do “profundo desejo de enganar”. Mesmo sem uma referência direta ao caso das Lojas Americanas, é difícil não estabelecer uma relação entre o comentário e o episódio.

Buffet tem negócios com a 3G Capital, do trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. A Americanas assumiu um rombo contábil bilionário no início do ano e atualmente está em recuperação judicial. A 3G tem pouco mais de 30% da varejista.

Imagem: Kent Sievers / shutterstock.com