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FGTS vai aumentar em mais de R$ 4 bilhões os recursos para financiamento habitacional

Devido à escassez de recursos da poupança, o Conselho Curador do FGTS deve aprovar o aumento de recursos para habitação. Confira!

Na última terça-feira (25), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve aprovar o aumento de recursos na linha Pró-Cotista em R$ 4,65 milhões, devido à carência de recursos da poupança, que é a principal fonte de financiamento habitacional para a classe média. Dessa forma, o orçamento para a modalidade passaria a ser de R$ 11,35 bilhões.

Essa linha de crédito é destinada aos trabalhadores que possuem conta no FGTS, e permite a compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão, com taxa de juros de 8,66% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Com a expansão, o montante destinado pelo FGTS para habitação alcançará quase R$ 30 bilhões. Veja mais detalhes!

Ampliação da verba do Minha Casa, Minha Vida

A maior parte dos recursos ampliados será direcionada ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Também está sendo analisada a possibilidade de repetir o feito de 2011, quando o FGTS adquiriu Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) emitidos pela Caixa Econômica Federal para ampliar os financiamentos.

De acordo com o diretor de assuntos Econômicos da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Renato Lomonaco, a poupança não tem sido suficiente para financiar a habitação, mas com a retomada da trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, essa situação deve começar a mudar.

Depósitos em queda na poupança

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro e maio deste ano, foram financiados 219,1 mil imóveis com recursos da poupança SBPE, o que representa uma redução de 25,2% em relação ao mesmo período de 2022.

A situação é influenciada pelo fato de que os juros básicos estão acima de 8,5% ao ano, atualmente em 13,75%. Isso resulta em um rendimento fixo de apenas 0,5% ou 6,17% ao ano nominal, acrescido da taxa referencial (TR). Essa remuneração mais baixa torna a poupança menos atrativa em comparação com outros investimentos de renda fixa, levando à diminuição dos depósitos nessa modalidade.

Imagem: Etalbr/ shutterstock.com