Fim da profissão de juiz? Juízes começam a ser substituídos por robôs

O Supremo Tribunal Popular da China está no processo de criação de um tribunal inteligente. O sistema está conectado a todos os juízes em atividade no país e vem sendo aprimorado há seis anos. Com esse método, foi possível reduzir em um terço a carga de trabalho dos juízes chineses. E no Brasil?

Aqui, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançou, no ano de 2021, o programa Justiça 4.0, em parceria com Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Qual é o objetivo da iniciativa?

A iniciativa visa — de forma semelhante ao projeto chinês — uma unificação dos processos judiciais de todo o Brasil. No curso de um ano, foi possível evidenciar o desenvolvimento de três modelos de inteligência artificial (IA) bem-sucedidos.

Assim como ocorreu na China, o uso da tecnologia inteligente otimizou processos e agilizou serviços oferecidos pela Justiça. Foi possível, por meio de metodologias como o preenchimento automático de dados, oferecer serviços mais rápidos e eficientes aos cidadãos.

Algumas das soluções digitais que o projeto possibilitou foram a otimização do uso de dados da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário e o desenvolvimento de uma interface para os tribunais terem acesso a documentos na íntegra. 

Os robôs e a inteligência artificial

Para colocar as máquinas para pensar sozinhas, é preciso da inteligência artificial. Essa área da ciência da computação estuda e programa as máquinas para atuar como seres humanos, executando desde funções simples até encargos mais complexos.

O tribunal inteligente chinês, por exemplo, funciona pelo método conhecido como machine learning. O machine learning não é sinônimo de inteligência artificial, mas, de maneira resumida, é uma das técnicas que a compõe.

O machine leaning é uma técnica com alta capacidade de processamento de dados e, por isso, é adotada por empresas e instituições que possuam um grande volume de informações.

Imagem: Lili.Q/shutterstock.com