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FMI aponta que Brasil tem a menor participação no PIB global desde 1980

Na década de 80, o PIB brasileiro era 4,3%. Após alguns anos, o número mudou. Veja para qual número a porcentagem diminuiu em 2022.

A participação do Brasil no Produto Interno Bruto (PIB) mundial não está em seu melhor momento.

De acordo com um levantamento que teve como base dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde 1980 o país vem perdendo espaço no PIB global.

História da participação do Brasil

Na década de 80, na representação mundial, o PIB brasileiro correspondia a 4,3%. Contudo, desde então, esse número foi diminuindo até chegar na pior participação no Produto Interno Bruto.

Em 1990, o número caiu para 3,6%. Em 2000, foi para 3,1%. A situação piorou ainda mais em 2020, quando a representação passou a ser 2,4%. Agora, em 2022, ela é de 2,3%.

O ex-diretor do Banco Mundial, Carlos Braga, contou que a participação do país no PIB mundial estava aumentando até 2021, o que fez com que o Brasil se transformasse na sétima economia do mundo na época. Contudo, os números entraram em declínio.

“Tanto que hoje nós estamos perto da 10ª. E ao final desse ano, provavelmente a gente vai ultrapassar a Rússia, que hoje é a 11ª”, disse Braga.

Como é medida a participação do Brasil no PIB global?

A participação do país no PIB global é medida através da paridade do poder de compra (PPC), isso desde 1980, quando começou a série histórica da análise em questão. As métricas do PPC comparam as moedas de diversos países por meio de um indicativo do poder de compra.  

Em relação aos países latino-americanos, o Brasil sempre foi destaque na participação do PIB. No entanto, as sucessivas quedas evidenciam que o país está se desenvolvendo abaixo da média.

Esse cenário de desenvolvimento negativo é explicado pelo economista-chefe da Ryo Asset, Gabriel de Barros, que aponta o baixo progresso em relação a outras nações, o que faz o país perder representatividade no PIB. 

“O Brasil está numa armadilha de baixo crescimento. Toda a América Latina fez o primeiro movimento de saída da pobreza a caminho para a renda média, porém não conseguem sair da renda baixa”, diz Barros.

Imagem: rafastockbr / shutterstock.com