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Os preços do petróleo se mantiveram estáveis nesta segunda-feira (29), em meio a um cenário de incertezas econômicas globais. O motivo por trás dessa aparente tranquilidade, foi o acordo provisório alcançado pelos líderes dos Estados Unidos sobre o teto da dívida, que poderia ter colocado a maior economia do mundo à beira de um calote devastador.
Com o preço do petróleo Brent caindo apenas 0,2%, para US$ 76,75 por barril e o petróleo bruto intermediário do oeste dos EUA apresentando uma queda modesta de 0,1%, a estabilidade aparente pode ser atribuída às expectativas geradas pelo acordo alcançado no último fim de semana.
Impacto do acordo sobre a dívida dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo para suspender temporariamente o limite da dívida em US$ 31,4 trilhões e estabelecer restrições aos gastos governamentais pelos próximos dois anos.
Essa medida, caso seja aprovada pelos membros dos partidos Democrata e Republicano, poderá evitar um calote iminente.
O impacto do acordo sobre a dívida norte-americana foi imediato, renovando o apetite dos investidores por ativos mais arriscados, incluindo o petróleo bruto. Analistas do mercado ressaltam que esse alívio temporário trouxe um rali nos ativos de risco, mas alertam que o impulso nos preços do petróleo pode ser de curta duração.
O cenário econômico ainda é incerto, pois, o Federal Reserve dos EUA poderá aumentar as taxas de juros no próximo mês. Para Tony Sycamore, analista da IG em Sydney, “taxas de juros mais altas nos EUA são um obstáculo para a demanda por petróleo bruto”. Essa perspectiva coloca um peso adicional nas negociações do mercado de petróleo.
OPEP+ se prepara para reunião crucial
Enquanto os investidores aguardam ansiosamente as próximas movimentações econômicas, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, conhecidos como OPEP+, estão se preparando para uma reunião crucial que ocorrerá em 4 de junho. Essa reunião assume uma importância significativa para o mercado de petróleo, pois os participantes buscarão chegar a um consenso sobre os níveis de produção.
O Ministro saudita, Abdulaziz bin Salman, alerta para possíveis reduções na produção de petróleo, enquanto a Rússia considera manter níveis atuais. Divergências entre membros da OPEP+ complicam busca por consenso e adicionam incerteza às negociações.
Assim, à medida que a reunião se aproxima, os olhos do mercado estão voltados para a OPEP+ e suas decisões. A capacidade do grupo em chegar a um acordo sobre a produção será um fator determinante para os preços do petróleo nos próximos meses.
Imagem: ALPA PROD / Shutterstock.com
