Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Gastos individuais de um preso no Brasil superam valor do salário mínimo

Gastos públicos em janeiro revelam despesas consideráveis, levantando preocupações sobre prioridades governamentais. Saiba mais!

Um estudo baseado em dados oficiais de 16 estados brasileiros revelou que o custo médio mensal de cada preso no país ultrapassa o valor do salário mínimo. De acordo com a pesquisa, o custo médio por detento é de R$ 1.819, um montante considerável que tem impacto direto nas despesas do país.

Enquanto R$ 702,5 milhões foram direcionados para despesas de pessoal, incluindo salários e pagamentos terceirizados, quase R$ 158 milhões foram alocados para atender necessidades básicas, como alimentação, água, luz, manutenção predial e aluguéis.

Custo ultrapassa o valor do salário mínimo

Os dados analisados revelam que, em média, o custo mensal de cada preso no Brasil é superior ao salário mínimo vigente no país. Isso significa que o Estado gasta mais para manter um detento do que a renda mínima garantida para um trabalhador. Essa disparidade financeira evidencia a necessidade de uma avaliação crítica do sistema penitenciário brasileiro e da busca por alternativas.

O estudo aponta que o estado de Mato Grosso do Sul apresenta a maior despesa média por detento, chegando a impressionantes R$ 3.199,54 por mês. Em seguida, vêm os estados do Piauí e Maranhão, com custos médios de R$ 3.138,30 e R$ 2.745,60, respectivamente.

Necessidades básicas e salário de funcionários

Dados apontam que os gastos totais registrados em janeiro somaram R$ 860,4 milhões. Desse valor, uma parcela significativa de R$ 702,5 milhões foi destinada a despesas de pessoal, enquanto R$ 157.834.129,54 foram alocados para atender às necessidades básicas.

Entre os gastos, destaca-se que 54,48% desse montante foram destinados à alimentação. Além disso, 21,23% foram destinados a despesas relacionadas à água, luz, telefone, lixo e esgoto, que são essenciais para a infraestrutura das instituições.

A manutenção predial também foi contemplada, com 10,16% do total, enquanto 5,22% foram direcionados para o pagamento de aluguéis.

Repensar o sistema penitenciário

O alto custo de manutenção dos presos no Brasil evidencia a urgência de repensar as políticas de encarceramento. É necessário buscar alternativas que promovam a ressocialização dos detentos e a redução da reincidência criminal.

Investimentos em programas de educação, qualificação profissional e assistência psicossocial podem ser estratégias eficazes para essa transformação.

Imagem: Skyward Kick Productions / Shutterstock.com