Geraldo Alckmin vai coordenar equipe de transição de governo
Geraldo Alckmin (PSB), eleito vice-presidente da República no domingo (30), foi o escolhido para coordenar a equipe de transição.
Geraldo Alckmin (PSB), eleito vice-presidente da República no domingo (30), foi a escolha para coordenar a equipe de transição. Ou seja, ele será o responsável por fazer a conexão entre o governo atual e o do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nos próximos meses.
A escolha foi realizada nesta terça-feira (1º), em uma reunião com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante, responsável por desenvolver o plano de governo, e outros integrantes do PT em um hotel em São Paulo.
Em suma, Alckmin conduzirá uma equipe com 50 pessoas, entre quadros técnicos e políticos, para resolver questões com integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL) que perdeu a reeleição. Os principais líderes do PT e dos partidos da coligação devem compor o grupo de transição.
Equipe de Transição do Governo Lula
Mercadante foi o responsável por coordenar o programa de governo na campanha, e Gleisi foi escolhida como coordenadora-geral. Por este motivo, alguns veículos de comunicação especularam que eles poderiam dividir a coordenação com Alckmin. Contudo, mesmo que eles integrem o grupo, não assumirão o comando com o vice-presidente eleito.
Hoffmann informou que, na quinta-feira (3), se inicia a processo para compor a equipe de transição, em São Paulo. O objetivo da equipe é viajar para Brasília para realizar uma reunião presencial com o governo e colocar em prática a equipe de transição.
Coordenador da transição não comandará ministério
Conforme um dirigente petista, Lula disse que o escolhido para ser coordenador não vai liderar um ministério. Em governos anteriores, o coordenador acabou se transformando em um ministro muito importante, como foi o caso de Antonio Palocci, que coordenou a transição em 2002 e virou ministro da Fazenda.
Muitas pessoas estavam em dúvida se Geraldo Alckmin seria a escolha para ocupar alguma pasta. Isso porque, se o vice-presidente ocupasse um ministério de grande porte, Lula teria problemas para demiti-lo eventualmente. Entretanto, dar um cargo inferior para Alckmin poderia demonstrar um certo desprestígio.
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