Grande empresa é condenada por cobrar juros abusivos de idosos; entenda o caso
A Justiça de São Paulo condenou uma grande empresa pela cobrança de juros abusivos de idosos. Entenda o caso!
A Justiça de São Paulo condenou uma grande empresa pela cobrança de juros abusivos de idosos. Apenas nos últimos dias, a Crefisa, que fornece empréstimos pessoais, já recebeu 10 condenações desse tipo.
Logo, esses juros podem chegar a 987,22%, de acordo com o que essas decisões da Justiça afirmam. A Crefisa, contudo, ainda pode recorrer das condenações. Saiba mais detalhes na sequência da leitura.
Justiça condena Crefisa 10 vezes por cobrar juros abusivos de idosos
Um dos casos diz respeito a um aposentado de 70 anos, que ganha menos de 5 salários mínimos por mês. Em 2017, ele conseguiu um empréstimo com a Crefisa de R$ 3.571,72. Com o pagamento em 9 vezes, no entanto, os juros chegaram a 22,5% ao mês ou 987,22% ao ano.
Ainda, conforme o advogado desse aposentado, as cobranças são “absurdamente abusivas”. Porém, pelo idoso não ter condições de analisar friamente as cláusulas do contrato, acabou aceitando-as. Logo, contraiu o empréstimo sem saber das condições que teria para quitá-lo.
A juíza Luciene Allemand, que condenou a empresa nesse caso, disse que os índices do Banco Central (BC) no período da condenação eram de 190,55%. Desse modo, ela definiu que a companhia afrontou o princípio da boa-fé ao cobrar esses juros abusivos de um idosos. Ademais, essa é apenas uma das condenações apurada pela coluna do jornalista Rogério Gentile, do portal UOL.
O que disse a empresa?
De acordo com a Crefisa, nas defesas à Justiça, não há a cobrança de juros abusivos de idosos. Dessa forma, disse que todos são capazes e que tinham conhecimento das condições presentes no contrato. Além disso, a empresa afirmou que todos “decidiram assiná-los por livre e espontânea vontade”.
Veja também:
Nubank lança novo programa SURPREENDENTE: veja como ganhar até R$ 2.000 todo dia
Por fim, a Crefisa também utilizou o argumento de que os juros cobrados têm relação com o risco de inadimplência envolvidos nos contratos de empréstimo. Isso acontece porque a empresa alega que seu público-alvo são aqueles que possuem restrição no acesso a crédito em outras instituições.
Imagem: SewCreamStudio / shutterstock.com
