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Grupos indígenas estão decepcionados com Lula; veja o motivo

Líderes indígenas demonstraram desapontamento na segunda-feira (5) após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parecer voltar atrás na promessa de criar um ministério voltado para assuntos indígenas. O objetivo seria auxiliar na restauração de direitos e proteções prejudicados pelo governo atual. 

Na sexta-feira (2), Lula declarou que poderia decidir por uma secretaria especial vinculada à Presidência ao invés de um ministério pleno, deixando os líderes decepcionados por terem sido pegos de surpresa. 

Construção do Ministério dos Povos Originários 

O advogado do maior grupo indígena do país, a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Dinamam Tuxá, disse que a proposta da criação de um ministério de assuntos indígenas fez parte da campanha de Lula e que a construção do Ministério dos Povos Originários ainda está sendo considerada. 

A líder da Apib, Sonia Guajajara, que se tornou em outubro a terceira indígena eleita para o Congresso, informou que um grupo de trabalho da equipe de transição do petista deve apresentar uma proposta para o ministério na semana que vem, mas que ela não aguarda nenhum anúncio até a posse, que ocorrerá no dia 1° de janeiro. 

Guajajara ainda informou à Reuters que o ministério é importante para o reconhecimento histórico dos 900 mil indígenas do Brasil e a reparação pelos maus-tratos e perda de direitos. 

Lula recebe aplausos em reunião no Egito 

No mês passado, Lula recebeu diversos aplausos em uma reunião da COP27 (27ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas) quando comunicou que criaria um ministério para aproximadamente 300 povos indígenas que ainda existem no país. 

Segundo Lula, o ministério fará com que os indígenas tenham direito aos seguintes elementos: 

  • Sobrevivência digna;
  • Segurança;
  • Paz;
  • Sustentabilidade. 

Durante o governo do atual presidente Jair Bolsonaro, que perdeu para Lula nas eleições de outubro, a violência contra as comunidades indígenas aumentou, já que as suas terras foram cada vez mais invadidas por criadores de gado ilegais, garimpeiros e madeireiros.

Imagem: Reprodução/Instagram