Haddad diz que governo pagou ‘calote’ herdado de Bolsonaro
Haddad anunciou que o déficit de R$ 230 bilhões se deve em parte às dívidas não pagas pelo governo de Jair Bolsonaro. Veja mais detalhes!
Nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou que o déficit de R$ 230 bilhões do governo federal em 2023 se deve, em parte, às dívidas não pagas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Desse modo, a afirmação inclui os precatórios e as indenizações devidas a estados e municípios resultantes da redução do ICMS.
De acordo com o ministro, aproximadamente metade do déficit no orçamento é resultado de pagamentos atrasados realizados por ordem do Ministério da Fazenda, com o intuito de eliminar esse passivo das estatísticas financeiras. Assim, Haddad classificou esses atrasos como um “calote”. Veja mais detalhes do pronunciamento do petista.
‘Calote’ do governo Bolsonaro
Haddad afirmou que o déficit de 2023, que foi acima do esperado, reflete a decisão do governo de pagar o ‘calote’ dado pelo governo Bolsonaro. Sendo que a dívida era tanto em precatórios quanto aos governos estaduais, em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos combustíveis.
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Dessa forma, dos R$ 230 bilhões de déficit em 2023, quase a metade foi de pagamento de dívidas do governo anterior. Assim, embora o pagamento pudesse ocorrer somente em 2027, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não considerou justo.
Haddad acredita que o mercado financeiro compreende
No entanto, apesar dos números negativos, Haddad acredita que o mercado financeiro compreendeu o déficit acima do esperado, que se deve ao pagamento das despesas atrasadas. De acordo com o ministro, o governo tem se esforçado para cumprir as metas estabelecidas no arcabouço fiscal.
Além disso, no mesmo comunicado, o ministro Fernando Haddad informou que o governo planeja fazer uma correção salarial para os servidores públicos em 2024. No entanto, ele não deu detalhes sobre a porcentagem do reajuste nem sobre quais categorias irão receber o reajuste.
Imagem: Alf Ribeiro / shutterstock.com