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Haddad nega acordo para moeda única

Na última quinta-feira (5), após a posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a criação de uma moeda única para o Mercosul. 

Dessa forma, Haddad afirmou que, mesmo que já tenha sugerido a ideia, não há proposta sendo discutida acerca do assunto. No entanto, na terça-feira (3), o embaixador da Argentina, Daniel Scioli, afirmou ter discutido a proposta em reunião com Haddad.

Vínculo entre as nações

Nesta semana, Scioli afirmou que a ideia do projeto de moeda única é fortalecer o comércio do Mercosul e o vínculo entre as nações. Além disso, o argentino afirmou que o recém empossado ministro da Fazenda teria um compromisso “muito forte” com os objetivos da moeda único.

No entanto, o embaixador negou que esse seria o fim das moedas locais. Todavia, admitiu que a medida facilita as transações comerciais e monetárias entre os países do bloco econômico.

Portanto, além de ser defendida por Haddad e seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, desde o ano passado, a ideia também foi apoiada por Paulo Guedes, ex-ministro da Economia.

Moeda única

De acordo com Scioli, a moeda única “significa uma unidade para a integração e o intercâmbio comercial em todo este bloco regional”. Já Haddad e Galípolo, em artigo publicado em 2022, afirmaram que ela poderia ser utilizada para fluxos comerciais e financeiros entre países da América do Sul.

“A criação de uma moeda sul-americana é a estratégia para acelerar o processo de integração regional, constituindo um poderoso instrumento de coordenação política e econômica para os povos sul-americanos”, defenderam.

Assim, Haddad e Galípolo  escreveram que a responsabilidade de emitir a moeda única seria de um banco central sul-americano. 

Além disso, em 2021, Paulo Guedes já havia defendido a criação de uma moeda única para o Mercosul. Inclusive já havia conversado com integrantes do governo argentino.

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil