Haddad nega irritabilidade, mas não responde sobre meta fiscal de 2024
Haddad diz que a meta fiscal não é problema para o governo e que não está chateado com o presidente. Entenda o que está acontecendo!
O clima no Planalto parece não estar bom, após declarações do presidente Lula a respeito da meta fiscal para o próximo ano. Em entrevistas na última segunda-feira (30) e hoje (31), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não ficou chateado com o mandatário, mas também não respondeu às perguntas sobre uma possível alteração da meta fiscal.
O planejamento da equipe de Haddad era alcançar o déficit zero das contas públicas em 2024. Assim, a pasta está tomando diversas medidas para aumentar a arrecadação e atingir esse objetivo. Entretanto, na última sexta-feira (27), durante o café da manhã com jornalistas, Lula disse que o país não vai atingir esse objetivo.
As afirmações sobre Haddad e a meta fiscal que Lula fez causaram efeitos no mercado financeiro brasileiro, já que as taxas dos contratos futuros tiveram uma forte alta. Entenda a seguir!
Haddad não confirma meta fiscal
Interlocutores do governo afirmam que as falas de Lula pegaram a equipe econômica de surpresa. Além disso, os parlamentares que analisam o Orçamento de 2024 relatam que a situação causou um “constrangimento” para o ministro da Fazenda.
Desde então, Haddad tenta colocar panos quentes na situação. Em entrevistas, ele garante que o presidente está comprometido com o déficit zero. Declara, também, que não está chateado com as falas de Lula sobre a capacidade do governo de alcançar esse objetivo.
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Contudo, desde sexta-feira, Haddad não fala sobre a meta fiscal do governo para o ano que vem, nem confirma se ela vai continuar a mesma.
Mudança no Congresso
A situação entre Haddad e a meta fiscal serviu de sinal de alerta para os congressistas. Para o relator, isso abre espaço para que os parlamentares alterem esse ponto, enquanto analisam a lei orçamentária para 2024. Ademais, o próprio governo pode entrar com um pedido para alteração da meta fiscal. Até o momento, não aconteceram movimentos que indicassem uma mudança do texto.
Imagem: José Cruz/Agência Brasil
