Haddad revela condição para mudar a taxa de juros rotativos do cartão de crédito

Fernando Haddad compartilhou uma visão cautelosa sobre as possíveis transformações na taxa de juros do cartão de crédito rotativo. Segundo o ministro da Fazenda, existe um tema que precisamos abordar com a ideia da mudança.

Salientando a importância de proteger as vendas varejistas, Haddad declarou que qualquer alteração não deve prejudicar esse setor vital. Dessa maneira, é necessário pontuar sobre o assunto com cautela e tendo em vista a segurança operacional desses comércios.

De acordo com dados recentes do Banco Central, a utilização do cartão de crédito representa aproximadamente 40% dos gastos totais no Brasil. Demonstrando, dessa maneira, que grande parte das transações realizadas pelos brasileiros é através desse método de pagamento.

Alternativas para diminuir a inadimplência

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou a busca por alternativas para diminuir a inadimplência no crédito rotativo do cartão de crédito. Uma das possibilidades em discussão é substituir automaticamente o crédito rotativo por parcelamentos de saldo com juros mais baixos.

Outra estratégia sob consideração envolve a criação de tarifas para desencorajar compras excessivas a crédito, muitas vezes levando a dívidas descontroladas. Limitar os juros no crédito rotativo também está sendo avaliado, embora isso possa impactar a concessão de crédito a indivíduos com maior risco.

Além disso, o PIX, sistema de transferência instantânea, é considerado como possível alternativa ao cartão de crédito. Embora ainda não tenhamos detalhes específicos sobre o uso de crédito através do PIX, a ideia é permitir empréstimos por essa plataforma, incluindo parcelamentos.

Posicionamento do BC sobre o rotativo do cartão de crédito

O presidente Campos Neto afirmou que o Banco Central apresentará sua proposta para o crédito rotativo em breve, possivelmente vinculada ao projeto de lei “Desenrola”, que visa reestruturar dívidas de devedores.

Economistas indicam que essas reduções nos juros do cartão de crédito podem resultar em economia nos gastos com juros, contribuindo assim para controlar o crescimento da dívida pública. Estima-se que tais cortes possam gerar até R$ 100 bilhões em economia até 2024.

O recente corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também foi mencionado pelo ministro Haddad. Esse corte, segundo ele, foi crucial para evitar problemas econômicos, especialmente em meio à queda na arrecadação e à desaceleração da economia.

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