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iFood abandona país e demite funcionários em massa

Na última sexta-feira (21), o iFood declarou que encerrará as suas operações na Colômbia. Assim, a startup alegou que essa é uma “estratégia do negócio em função do mercado de capitais”. 

Com o fechamento, a empresa demitiu cerca de 210 funcionários na Colômbia, de acordo com as informações da Forbes. Além disso, segundo informação divulgada pelo site BP Money, a empresa também anunciou que o aplicativo do iFood deixará de funcionar em 21 de dezembro deste ano.

iFood na Colômbia 

Primeiramente, a Colômbia foi uma aposta para a startup brasileira crescer no âmbito internacional, mas é justamente o berço de um de seus maiores concorrentes, o Rappi. 

Assim, vale destacar que as operações da empresa iniciaram em meados de 2015. Já em 2020 aconteceu a aquisição do segundo maior player depois do Rappi, a Domicilios.com. 

Dessa forma, a startup, em nota, afirmou que agora está mais focada no Brasil, onde seguirá investindo pois “é onde nasceu e é líder”.

“Durante o processo de encerramento das operações na Colômbia, o iFood oferecerá suporte e informações a todos os clientes, entregadores e restaurantes, atentando a eventuais demandas e dúvidas da melhor maneira possível”, afirmou a companhia de delivery, em comunicado. 

Outros países

Vale destacar que esse movimento de evasão de outros países já aconteceu em outras ocasiões. Isso porque em meados de 2020 a empresa deixou o México, onde estava presente desde 2016. 

Essa saída do país aconteceu porque a SinDelantal, da qual o iFood detinha 49% do capital social, encerrou suas operações no país. 

Mercado brasileiro

O iFood domina o mercado brasileiro, tendo em vista que lidera, sozinho, cerca de 80% do market share de delivery de comida. Assim, com aquisições e movimentos empresariais que aumentaram a competitividade ao comprar concorrentes, a startup brasileira chegou a ter sua controladora multada no exterior. 

Desse modo, no final de setembro o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) multou o grupo sul-africano Naspers – dono da Prosus, que controla o iFood – em R$ 718 mil. Isso ocorreu porque ao comprar 7,8% da Delivery Hero em 2028, o iFood deveria ter submetido a transação ao Cade, o que não aconteceu. 

Portanto, no julgamento, o Cade alegou gun jumping, isto é, quando a empresa faz uma compra sem apresentar as negociações às autoridades regulatórias, o que está previsto em lei. 

Novo dono do iFood

Em agosto deste ano o iFood passou a pertencer integralmente à Prosus, uma companhia holandesa subsidiária do grupo Naspers e controladora da Movile. Assim, vale destacar que a Prosus já era acionista do app de delivery e comprou a participação remanescente de 33,3%, que era detida pelo acionista milionário Just Eat Holding Limited. 

Desse modo, a venda foi de 1,5 bilhão de Euros. Ou seja, R$ 7,8 bilhões e prevê, ainda, um pagamento adicional de 300 milhões de Euros (R$ 1,6 bilhão), a depender da performance do app de delivery nos próximos 12 meses. 

“Em um ambiente cada vez mais competitivo, o investimento da Movile reforça que seguimos no caminho certo e que estamos fazendo a diferença como empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online na global e em impacto no ecossistema”, afirmou Fabricio Bloisi, o fundador da empresa Movile. 

Imagem: Sidney de Almeida / shutterstock.com