Imposto de Renda: entenda o que pode te levar para a malha fina
Prazo para declaração foi prorrogado, sendo agora até o dia 31 de maio
Em 2022, a declaração do Imposto de Renda é uma obrigação novamente para milhões de brasileiros. Porém, cumprir essa regra exige muita documentação, domínio de códigos e da burocracia.
Neste ano, o prazo para esta declaração era até o dia 29 de abril, mas acabou sendo prorrogado. Agora, a declaração pode ser entregue até o dia 31 de maio.
Imposto de Renda: entenda o que pode te levar para a malha fina
Mas, mesmo para quem declara, muitos erros são recorrentes, que podem acabar levando você a cair na malha fina.
Pensando nisso, neste artigo vamos citar alguns fatores que podem fazer que você tenha problemas com a Receita.
1. Instituições financeiras e bancos
Cooperativas, bancos ou qualquer tipo de órgão financeiro deve enviar a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (DIMOF) à Receita Federal. Isso deve acontecer sempre que o cliente faz movimentações que passam de R$ 5 mil no semestre.
Da mesma forma, operadoras de cartões de crédito também prestam contas através de uma declaração, enviada à Receita todo mês que a fatura passa do valor de R$ 5 mil. Sendo assim, valores divergentes destas declarações e da sua declaração, podem gerar problemas com a Receita.
2. Empresas
O empregador é um dos responsáveis a entregar, até o final de fevereiro, a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF). Isso informa ao governo todos os pagamentos sujeitos à taxas realizados aos empregados no ano anterior ao da declaração. O problema é que, se o funcionário de uma empresa e o empregador declararem valores diferentes, você cai na malha fina.
3. Corretoras
Outra questão que exige a declaração do Imposto de Renda diz respeito a negociações de ações e outros ativos de renda variável. Nesse caso, o próprio contribuinte deve resgatar os impostos sobre lucros obtidos na transação. Esse tipo de imposto também é um “dedo-duro” da Receita, já que permite identificar as operações sujeitas a pagamentos de taxas. Então, fique atento a essas questões.
4. Construtoras, cartórios e imobiliárias
A venda de um imóvel com isenção de tarifas sobre o lucro e a posse de bens de mais de R$ 300 mil são duas coisas que podem levar você a cair na malha fina. Isso porque o contribuinte também deve resgatar o imposto sobre o lucro que foi obtido com a venda do imóvel, caso a transação não se enquadre nas regras de isenção. E muita gente esquece dessa informação.
Lembrando que os cartórios também enviam à Receita a Declaração do Imposto de Renda sobre Operações Imobiliárias (DOI), que possui todos os documentos relacionados à compra e aquisição de imóveis e informa a quantia exata de cada operação.
5. Convênios médicos, hospitais e profissionais de saúde
Por fim, despesas com saúde são 100% dedutíveis para fins de Imposto de Renda e sem um limite de abatimento. E, justamente por isso, esse tipo de despesa é também muito usado por pessoas que tentam burlar a declaração e reduzir o valor a pagar. Contudo, muitos desses gastos podem levar você a cair na malha fina.
Entre as irregularidades para que isso aconteça, estão: a declaração de despesas sem os documentos que comprovem os gastos; não informar os reembolsos recebidos dos convênios de saúde, que reduzem as deduções; e a adição de despesas de pessoas que não são suas dependentes da declaração. Portanto, é preciso ter cuidado na hora de declarar esse tipo de gasto.
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Imagem: Marcelo Ricardo Daros / Shutterstock.com