Inadimplência no Nubank sobe e devedores podem atrapalhar crescimento da fintech
Na última segunda-feira (14), o Nubank divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano. Apesar da receita ter chegado a US$ 1,3 bilhão – o triplo do mesmo período de 2021 –, a inadimplência saiu de 4,1% para 4,7%, – um aumento significativo para a fintech.
O lucro líquido do banco foi registrado em US$ 7,8 milhões, sendo um importante marco para o Nubank que, pela primeira vez, conseguiu fechar um período de três meses no azul.
Inadimplência do Nubank
É verdade que a instituição financeira apresentou resultados animadores. Apenas em relação ao número de clientes no último ano, houve um aumento de mais de 22 milhões de contas abertas.
Contudo, o principal fator negativo, a inadimplência, chamou atenção. No período analisado, como citado anteriormente, houve um crescimento de 0,6 ponto percentual nos empréstimos com atrasos de mais de 90 dias, com uma metodologia de cálculo mais agressiva.
Além disso, o índice de atraso de 15 a 90 dias, que antecede a inadimplência, continua em alta. No período analisado, foi reportado um crescimento de 0,5 ponto percentual.
Desaceleração no crescimento da fintech
Além das contas em atraso, em relação à área de serviços, também foi observada uma desaceleração no crescimento. O montante movimentado pelos clientes por meio dos cartões aumentou 75% no período, contra um crescimento de 94% no trimestre anterior.
Diante desse cenário, as receitas e comissões cresceram 72% no terceiro trimestre deste ano, 93% no segundo trimestre e 99% no primeiro.
A partir dos resultados, a tendência observada nos trimestres anteriores, se mantém, com o ritmo de crescimento desacelerado. De acordo com os executivos do Nubank, essa desaceleração deve continuar nos próximos semestres, até que a inadimplência diminua.
Mesmo com os resultados negativos referentes às taxas de inadimplência, as ações da fintech subiram mais de 10% na bolsa americana, após o anúncio do banco.
Imagem: Nubank / Divulgação
