Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE atinge menor patamar desde maio

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), demonstrou uma queda de 1,1 ponto no mês de novembro, atingindo o índice de 91,8 pontos. Desse modo, o declínio representa o menor nível registrado desde maio do mesmo ano, evidenciando uma tendência contínua de redução.

Ademais, essa análise se fundamenta em dados de médias móveis trimestrais, revelando um recuo de 1,0 ponto. O panorama atual reflete uma conjunção de fatores, conforme a análise de Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE. Confira-os a seguir!

Índice de Confiança Empresarial (ICE)

Em novembro, observou-se um cenário no qual houve uma ligeira melhoria nas avaliações da situação presente, contrastando com uma queda mais acentuada nas expectativas para os próximos meses.

Essa combinação de resultados sugere que os segmentos cíclicos da economia, responsáveis por aproximadamente dois terços do Produto Interno Bruto (PIB), mantêm um ritmo de atividade morno no último trimestre de 2023. Adicionalmente, mostram-se preocupados com as perspectivas para o primeiro trimestre de 2024.

O declínio da confiança empresarial em novembro se deve, exclusivamente, à deterioração das expectativas em relação ao futuro. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) registrou uma queda de 1,4 ponto, atingindo 88,2 pontos. Desde agosto, acumula perdas significativas de 7,0 pontos, aproximando-se do menor nível apresentado ao longo do ano, em janeiro (86,0 pontos).

Setores econômicos sondados pelo FGV IBRE

Analisando os setores cobertos pelas Sondagens Empresariais do FGV IBRE, a confiança industrial apresentou um aumento de 1,9 ponto, atingindo 92,7 pontos. Por outro lado, o setor do Comércio teve o pior desempenho, registrando uma queda de 2,7 pontos, alcançando 86,5 pontos.

Isso influenciado tanto por expectativas desfavoráveis quanto pela percepção negativa sobre a situação atual das empresas. Além disso, o setor de Serviços, apesar de uma leve melhoria nas expectativas, registrou uma queda de 0,9 ponto, totalizando 94,4 pontos. Por sua vez, a Construção se manteve estável, com uma ligeira queda de 0,1 ponto, atingindo 96,2 pontos.

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Assim, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) sintetiza os índices de confiança dos quatro grandes setores econômicos: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Em novembro, apenas a confiança na Indústria apresentou aumento, enquanto os demais setores registraram quedas ou estagnação, refletindo um cenário desafiador para a retomada da confiança empresarial e da atividade econômica.

Imagem: Artit Wongpradu / shutterstock