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Inflação brasileira a 10%; entenda a fala do presidente do Banco Central

Ao tratar sobre a taxa básica de juros, Campos Neto comentou sobre projeções para a inflação se a Selic não tivesse em 13,75%. Veja!

Na terça-feira (25), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que se não houvesse o aumento na taxa de juros até chegar a 13,75%, patamar atual, a inflação brasileira de 2022 teria chegado a 10%. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa inflacionária encerrou o ano em 5,8%.

O presidente alegou que a autoridade monetária age de forma técnica ao reajustar a Selic com o intuito de conter a inflação do país. Campos Neto disse que o BC foi uma das primeiras instituições a começar a avançar com a taxa, antes de outros países do mundo, mesmo em ano eleitoral.

Vale lembrar que o patamar atual da Selic tem sido alvo de críticas por parte do governo Lula que defende que os juros precisam começar a baixar para a economia voltar a crescer. A alíquota está estacionada em 13,75% desde setembro de 2022 e é o maior nível em seis anos. 

Definição da taxa de juros pelo Banco Central 

A taxa de juros definida pelo Banco Central do Brasil é conhecida como Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que se reúne a cada 45 dias para avaliar a situação econômica do país. A definição leva em consideração principalmente a meta da inflação.

A taxa é utilizada como referência para as demais taxas de juros praticadas no mercado financeiro. O que influencia diretamente o custo do crédito e o comportamento dos investimentos. 

Assim, quando o BC decide aumentar, isso tende a encarecer o crédito e desestimular o consumo e o investimento, visando controlar a inflação. Por outro lado, quando a taxa é reduzida, há um estímulo à economia, reduzindo os custos do crédito e incentivando o consumo e o investimento.

Inflação X Taxa de juros 

Quando a inflação está acima da meta estabelecida pelo governo, o Banco Central pode aumentar a taxa de juros para desestimular o consumo e o investimento, o que reduz a demanda por bens e serviços e, consequentemente, pode diminuir a pressão sobre os preços.

Em contrapartida, quando a taxa inflacionária está abaixo da meta, a autoridade monetária pode reduzir a taxa de juros para estimular o consumo e o investimento. O que aumenta a demanda por bens e serviços e, assim, incentiva a produção e a alta da oferta, o que pode levar a uma queda nos preços.

Imagem: Ronnie Chua / shutterstock.com