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Mercado prevê que inflação deve ficar pior do que na época da Dilma

Embora o Brasil passe pela alta generalizada da inflação, as famílias pobres sofrem mais com o aumento de preços do que as famílias ricas

Você tem ido ao mercado recentemente? Ou abastecido o seu carro? Em suma, os alimentos, a conta de luz, a gasolina, e o botijão de gás são alguns dos muitos produtos que encareceram no Brasil. De acordo com as projeções para os próximos meses, e segundo os dados deste ano, mostram que a inflação é persistente. Além disso, é bom preparar o bolso: ela vai persistir e pode piorar ainda mais. 

Mercado prevê que inflação deve ficar pior do que na época da Dilma

De acordo com os economistas do mercado financeiro, deve acontecer neste ano, a maior inflação desde 2015. A estimativa é que a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, termine o ano em 7,11%. Os cálculos de analistas do mercado financeiro foram divulgados pelo Banco Central. 

Esse é o dado mais recente do Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (23), com o levantamento realizado com mais de 100 instituições financeiras na semana passada. Nos últimos meses, a expectativa dos analistas só tem crescido. Essa é a 20ª semana consecutiva em que a projeção de inflação para 2021 tem alta. 

Além disso, o dado mais recente do IBGE, mostra que no mês passado, o IPCA teve a maior alta (o.96%) para um mês de julho desde 2002. No ano, a alta acumulada é de 4,76%, e nos últimos 12 meses, de 8,99%. Em julho, todas as regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta. Em suma, a maior alta está em habitação, por conta do aumento da energia elétrica.

Embora o Brasil passe por uma alta generalizada da inflação, as famílias mais pobres sofrem mais com o aumento de preços maior do que as famílias mais ricas. Em julho, a taxa de crescimento dos preços foi maior para a classe de renda muito baixa. Em 12 meses, a taxa foi 10,05% para as famílias mais pobres, e de 7,11% para as mais ricas. 

Para as famílias com renda mais baixa, o que mais pesou é o aumento dos alimentos no domicílio. Além disso, a energia elétrica e o gás de botijão também estão muito mais caros. Já para as pessoas de renda alta, o que mais pesou é o preço dos combustíveis, das passagens aéreas e dos aparelhos eletrônicos. 

Juros

A inflação prevista para o fim de 2021 está cada vez mais distante da meta central do governo em 2021. Atualmente, ela é de 3,75%, com um intervalo de tolerância de 2,25% a 5,25%. Para tentar levar a inflação para esse intervalo, o Banco Central pode aumentar a Selic.

No começo de agosto, com a disparada nos preços do Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, aumentou a Selic para 5,25% ao ano. Esse é o 4º aumento da taxa em 2021. Além disso, estima-se uma nova alta na próxima reunião, que vai acontecer em 21 e 22 de setembro. 

Apesar do aumento dos juros poder controlar a inflação, ele também tem um potencial de gerar outras consequências. Entre eles, estão o aumento nos juros dos bancos, e o aumento das despesas com os juros da dívida pública e um impacto negativo no consumo da população. E assim, isso afeta o emprego e a renda. 

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Imagem: Andrzej Rostek / Shutterstock