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INSS: com robô, 6 em cada 10 pedidos de aposentadoria são negados

Em julho deste ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a utilizar um sistema de inteligência artificial, uma espécie de robô, para fazer a análise da concessão de todos os benefícios. Assim, desde então, a taxa de aprovação do órgão caiu. 

De acordo com dados do Sistema Único de Benefícios (Suibe), a média de benefícios aprovados anualmente entre 2018 e 2021 ficava entre 51% e 55%. Contudo, entre 1º de junho e 1º de outubro deste ano, o percentual caiu para 41%, segundo dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Portanto, a cada 10 pedidos, seis são negados.

Queda na fila

Assim, juntamente com a queda da aprovação, a fila de análise também está menor. Em outubro, o estoque de processos de Reconhecimento Inicial de Direitos de Benefícios Previdenciários e Assistenciais do INSS chegou ao menor índice desde 2008, quando o processo digital foi iniciado, com 976 mil pedidos. 

Entretanto, embora o tempo esperando na fila do INSS, quem tem o benefício negado precisa esperar em outras esferas, entrando no conselho de recursos ou acionando a Justiça, o que pode levar meses.

O que diz o INSS

Portanto, por meio de nota, o INSS esclareceu que acontece um processamento automático do requerimento, de modo que ele pode ser concluído automaticamente (aprovado ou negado), ter exigência automática ou não ter nenhuma decisão ou exigência automática, sendo que neste último caso o processo é encaminhado para a análise manual. 

“Os indeferimentos ocorrem em geral quando a pessoa não atende os requisitos mínimos previsto em lei (idade, tempo de contribuição insuficiente, não tem qualidade de segurado, etc…) mas cada benefício é um caso particular”, ressalta. 

Ademais, o INSS argumentou que o percentual total de benefícios concedidos e negados seguem a tendência histórica de 50% para cada grupo.  

“O que houve nos últimos tempos foi um aumento significativo no quantitativo de processos analisados. Isso faz com que aumente o número de respostas e, consequentemente, o número de processos deferidos e indeferidos”, explica.