Atenção: investigação nos benefícios do Auxílio Brasil começou
Recentemente, o Ministério da Cidadania anunciou que deu início à investigação de contas de pessoas que moram sozinhas e recebem o Auxílio Brasil. Dessa forma, suspeita-se que muitos beneficiários não poderiam receber os R$ 600,00 do programa social, pois, teoricamente, já integram outras famílias.
Em síntese, em novembro de 2021, o Auxilio Brasil substituiu o Bolsa Família. E, desde então, o número de contemplados que moram sozinhos teve um grande crescimento no programa social. Assim, o percentual dos beneficiários com esse perfil passou de 15% para 26% dos contemplados pelo Auxílio Brasil em menos de um ano. Portanto, houve um aumento de cerca de 5 milhões de pessoas que moram sozinhas e que recebem o benefício.
Suspeita
Atualmente, a regra geral do Auxílio Brasil determina que todas as famílias recebam o mesmo patamar de, no mínimo, R$ 600,00, independentemente de quantas pessoas residem em uma casa. Uma mulher solteira que more sozinha, por exemplo, recebe R$ 600,00 assim como uma mulher solteira que more com dois filhos.
Dessa forma, a suspeita é que, aproveitando-se dessa regra, algumas pessoas criaram um CadÚnico somente para si, inscrevendo um endereço falso, embora continue morando com sua família. Assim, esta pessoa poderia receber os R$ 600,00 e o restante de sua família outros R$ 600,00, prática que é proibida.
Portanto, caso a investigação continue, é bem provável que os beneficiários identificados sejam punidos com a suspensão imediata. Ou, até mesmo com o cancelamento do cadastro do Auxílio Brasil. Contudo, o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa social, informou que dará mais detalhes nas próximas semanas.
TCU alerta
Diante disso, o Tribunal de Contas da União já havia feito um alerta quanto a situação das despesas com o Auxílio Brasil e abordou, justamente, a respeito dos repasses a pessoas que moram sozinhas.
Algumas das conclusões que os auditores estão finalizando são de que o Auxílio Brasil tem incentivado o fracionamento de núcleos familiares, a fim de recebimento de recursos em volume maior, o que prejudica famílias que não podem ser decompostas numericamente, como por exemplo, uma mãe com dois ou três filhos pequenos”, afirmou o presidente do TCU.
