Juro médio dos bancos aumenta e chega ao maior patamar em 5 anos
Cenário de aumento dos juros cobrados pelas instituições financeiras acontece em um momento em que a Selic está elevada. Veja!
De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, o juro médio dos bancos aumentou de 43,5% para 44,2% de janeiro a fevereiro deste ano, o que corresponde a uma alta de 0,7 ponto percentual. A taxa alcançada é a maior desde agosto de 2017. Ou seja, trata-se do maior patamar em cinco anos. Os registros foram iniciados em 2011. A alíquota é referente às operações para pessoas físicas e empresas.
Segundo as informações, a taxa de juros foi calculada de acordo com os recursos livres. Assim, não leva em consideração os setores habitacionais rural e urbano e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Juros médios cobrados pelos bancos
Os resultados obtidos pelo Banco Central ocorrem em um momento em que a taxa básica de juros, a Selic, está estacionada em 13,75% ao ano, considerado um alto nível. Veja agora as alíquotas para cada tipo de público.
- Taxa média de juros cobrada para operações com pessoa física: aumentou de 56,6% para 58,3% de janeiro a fevereiro;
- Taxa média de juros cobrada para operações com empresas: diminuiu de 25,3% para 24,2% no mesmo período.
Juros para cheque especial e cartão de crédito
Outro ponto do levantamento que chama a atenção são as taxas de juros de modalidades como o cheque especial e o cartão de crédito, em especial, o crédito rotativo. Confira.
- Cheque especial: avançou de 132% ao ano para 137,4% ao ano;
- Crédito rotativo: subiu de 411,4% para 417,4% ao ano.
O cheque especial alcançou o seu maior patamar desde janeiro de 2020. Já o crédito rotativo, registrou seu maior percentual desde agosto de 2017. O crédito rotativo é acionado quando os consumidores não conseguem efetuar o pagamento completo da fatura do cartão de crédito. É uma das modalidades mais caras do mercado.
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