Light pode aumentar tarifa de energia para cobrir prejuízo

A Light, distribuidora de energia elétrica que atua no Rio de Janeiro, pode aplicar aumento na tarifa de energia. A empresa está passando por um processo de recuperação judicial e essa manobra pode cobrir parte do prejuízo.

O estudo sobre a cobrança está sendo feito, pois a distribuidora perde muito dinheiro com as “ligações ilegais”, ou os também chamados “gatos” de energia. A informação é do jornal O Globo.

Segundo as fontes, o reajuste seria de 5% a 10% do valor atual e a empresa deve realizar a solicitação para isso à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em breve. No entanto, ainda não há nenhuma confirmação sobre isso pela Light.

Dívida de R$11 bilhões assombra a distribuidora

A holding da distribuidora de energia, Light S.A, entrou com processo de recuperação judicial em maio deste ano. O motivo são os “gatos” realizados pelos moradores dos municípios atendidos.

A empresa distribui energia para 31 cidades do Estado do Rio de Janeiro e está às vésperas da renovação de sua concessão com a região. A concessão vence em 2026, no entanto, é preciso entrar com a sinalização 3 anos antes para a renovação.

Porém, há um contratempo no pedido de reajuste de energia: em março deste ano, a Light já entrou com pedido para a Aneel repassar um reajuste de 7,4% nas contas de energia elétrica dos consumidores.

Light está se reerguendo após identificar ligações ilegais

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, explicou que, após conversa com a distribuidora de energia, já houve uma recuperação das perdas decorrentes dos “gatos”. Em 2022, a empresa chegou a equilibrar as contas.

Ele ainda garantiu que a empresa cumpre com todas as suas obrigações e não há porque interferir com a concessão no momento. No entanto, o pedido para a renovação deve ser bem avaliado pelo governo do Estado.

No que tange o processo de recuperação judicial, o problema é específico entre a empresa e seus credores. Se o fornecimento de energia for continuado, não há risco na continuidade da concessão.

Imagem: Daniele Mezzadri / Shutterstock.com