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Lucro abaixo do esperado faz ações do Santander caírem

A divulgação dos resultados alcançados pelo Santander no último trimestre de 2021 influenciou negativamente os rendimentos da empresa. Após a apresentação dos números abaixo da expectativa do mercado, as ações do banco (SANB11) tiveram queda de 2,69%, sendo negociado nesta quarta-feira (2) a R$31,85.

No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) do Santander foi de R$ 3,88 bilhões, uma queda de 2% em relação ao mesmo período de 2020 e de 10,6% em relação ao trimestre anterior.

O que dizem especialistas sobre a queda do Santander?

Analistas do banco Safra afirmam que “os resultados do Santander Brasil no 4T21 foram mais fracos do que nossas expectativas, mas não necessariamente ruins nas principais linhas. A fraqueza diante das nossas estimativas veio da margem com o mercado e de despesas operacionais que são mais voláteis em base trimestral. Como esperado, as despesas foram pressionadas pelo acordo coletivo aplicado sobre a base salarial da companhia desde setembro de 2021”.

A corretora de Investimento XP vê um cenário desafiador para o Santander em razão da inadimplência da carteira de crédito. “Considerando o cenário macroeconômico mais desafiador no curto prazo, acreditamos que o banco pode precisar aumentar as provisões ao longo de 2022, uma vez que a taxa de inadimplência segue aumentando, potencialmente impactando sua rentabilidade”, afirma relatório assinado por Renan Manda, analista-chefe do setor financeiro da XP e Matheus Odaguil, analista do setor financeiro.

O grupo financeiro Goldman Sachs afirmou que as receitas do Santander Brasil foram fracas no quarto trimestre, o que levou o lucro a ficar 11% abaixo do que os analistas do banco americano previam. Eles calculavam um retorno (ROE) ajustado de 19,7% para o Santander, contra um número de 20,0% informado pelo próprio banco.

De acordo com relatório do Goldman Sachs, os principais pontos negativos foram a margem com mercado (tesouraria) e as receitas de tarifas, que por outro lado foram parcialmente compensadas por provisões menores que o esperado e o forte controle de gastos. “Os resultados mostraram alguma deterioração nas tendências no quarto trimestre (maior inadimplência, menor expansão anual da carteira de crédito e menor capital Nível 1), parcialmente compensado pelo bom controle de custos”, aponta em relatório.

Em contrapartida, um destaque positivo do resultado do Santander foi o crescimento de 12,4% da sua carteira de crédito, destaca o Inter. A alta foi motivada principalmente pelo segmento de pessoas físicas, impulsionado pelo cartão de crédito, que teve um avanço anual de 23,2%, pelo crédito pessoal, que subiu 33,9%, e pelo imobiliário, que cresceu 20,5%. A taxa de inadimplência de pessoas físicas no 4T21 foi de 3,6%, abaixo dos 4% apresentado no 4T19, antes da pandemia, o que para o Inter reforça a trajetória de normalização do indicador.

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Imagem: Kapustin Igor / shutterstock.com