Lula critica manutenção da taxa Selic em 13,75%
O presidente ainda afirmou que se os empresários não reivindicarem, a taxa Selic será mantida com os juros altos. Saiba mais!
Durante evento de posse de Aloizio Mercadante para assumir a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a taxa Selic.
Dessa forma, Lula afirma que não há justificativa para a Selic se manter a 13,75% ao ano. Além disso, o presidente disse ser cultural o fato do Brasil “viver com juros altos”.
Taxa atual desfavorece empresários
Ao fazer referência à taxa básica de juros, Lula questionou como poderia incentivar que os empresários associados à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) investissem, se os mesmos não conseguem pedir dinheiro emprestado.
Além disso, o presidente mencionou a autonomia do Banco Central, vigorada pela Lei Complementar 179/21, durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), ao dizer:
“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. A taxa a 10% era muito. Não existe justificativa para que a taxa de juros esteja a 13,75%”, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ademais, o atual governante do país incentivou que os empresários reivindicassem pela queda da taxa. “Se a classe empresarial não se manifestar, se as pessoas acharem que vocês estão felizes com 13,5%, sinceramente, eles não vão baixar juros, e nós precisamos ter noção”, afirmou Lula em seu discurso.
Juros são “uma vergonha”
Para completar a sua fala, o presidente Lula ainda relatou que as justificativas apresentadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), órgão pertencente ao Banco Central, assim como a taxa Selic, são vergonhosas.
“É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, disse o presidente da república.
Posse do presidente da BNDES
A solenidade da qual Lula discursou sobre a taxa Selic ocorreu no Rio de Janeiro e reuniu diversos membros do atual governo, em que se destacam:
- Vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), responsável pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
- Ministro da Casa Civil, Rui Costa;
- Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck;
- Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Na cerimônia, diversos presidentes de associações ligadas ao setor industrial compareceram. Veja:
- Presidente da Fiesp, Josué Gomes;
- Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria);
- Presidente em exercício da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Luiz Césio Caetano.
imagem: Tomaz Silva / Agência Brasil