Lula dá declaração polêmica sobre novo presidente da Argentina
O presidente Lula se pronunciou sobre a eleição do novo presidente da Argentina, Javier Milei, no último domingo (19). Confira!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, nesta terça-feira (21), dando uma opinião polêmica sobre o novo presidente da Argentina, sem citar diretamente o nome do político. O argentino Javier Milei foi eleito no último domingo (19).
Em contraponto à tensão na atual paisagem política da América Latina, o presidente Lula declarou que não precisa gostar do próximo líder do país vizinho, mas que está aberto ao diálogo para a resolução de problemas.
Saiba mais sobre o que disse Lula sobre o novo presidente da Argentina

A eleição de Javier Milei na Argentina, vencendo o candidato governista Sergio Massa, teve repercussão imediata na América Latina. Enquanto Massa mantinha um grau de alinhamento com o governo brasileiro, Milei ostenta um posicionamento crítico, o qual ficou evidente durante a campanha eleitoral.
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Durante um discurso na formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, Lula comentou a situação, realçando que pode, sim, encontrar problemas políticos na América Latina, mas não citou o novo presidente da Argentina.
Dessa forma, Lula colocou em primeiro plano a necessidade de resolver discórdias políticas. Anteriormente, Milei não apenas criticou Lula, como também menosprezou os laços históricos entre a Argentina e o Brasil, nações vizinhas com uma longa história de interações políticas e econômicas.
Haddad já havia se posicionado sobre o assunto
Antes do resultado das eleições, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia se posicionado sobre o assunto, ressaltando sua preocupação com os anos de cooperação entre o Brasil e a Argentina. “Preocuparia qualquer um, porque, em geral, nas relações internacionais, você não ideologiza a relação”, disse.
Em suas promessas de campanha, o novo presidente da Argentina chamou Lula de “comunista raivoso” e deixou claro que, se fosse eleito, a Argentina não integraria mais o Mercosul. No entanto, é necessário esperar para entender o posicionamento do próximo presidente do país vizinho.
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