Lula é orientado a bloquear consignado do Auxílio Brasil; entenda

A equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou o petista por meio de um relatório a bloquear o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Além disso, o grupo propôs outras medidas que Lula deve realizar nos primeiros 100 dias de gestão. 

De acordo com o relatório, o empréstimo consignado do programa de transferência de renda gera “desproteção social futura”, já que os beneficiários devem arcar com as parcelas do crédito independente do recebimento ou não do auxílio. 

Dinâmica do consignado do Auxílio Brasil agrava a desigualdade no país

O relatório do grupo técnico da área de desenvolvimento social da equipe afirmou que o consignado do Auxílio Brasil agrava a desigualdade no país. O agravamento se dá à medida que os mais pobres são obrigados a transferir dinheiro para os bancos, constituídos por pessoas mais ricas. 

“As pessoas que tomam o crédito consignado do Auxílio Brasil terão a sua renda familiar comprometida, quer permaneçam no programa de transferência de renda, quer não, mesmo que saiam por medida de redesenho, averiguação ou impossibilidade de atualização de informações”, afirmou o relatório. 

De acordo com o grupo técnico, “trata-se de uma desproteção social futura, com transferência de valores substanciais da renda dessas famílias para o sistema financeiro”.

Dessa forma, a equipe propôs que o presidente eleito suspendesse novas contratações do empréstimo consignado do Auxílio Brasil nos primeiros cem dias de gestão. A suspensão temporária aconteceria para aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal a respeito da validade do empréstimo.  

Outra proposta sugere reduzir juros do consignado 

Além da suspensão do consignado do Auxílio Brasil, o grupo técnico propôs a Lula, caso não opte pela suspensão, reduzir a taxa de juros do consignado oferecido. Dessa forma, seria possível ao menos reduzir os efeitos negativos da contratação do empréstimo na vida financeira dos brasileiros.  

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