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Lula não contará com o apoio do Congresso para reverter autonomia do BC

Mesmo querendo rever autonomia do Banco Central, políticos afirmam que dificilmente Lula conseguirá o que quer. Veja.

Após tecer críticas ao Banco Central (BC) e à política monetária adotada pelo órgão, além de também ter se mostrado contra a privatização da Eletrobras, Lula não deve ter o apoio necessário no Congresso para rever a autonomia do BC nem a privatização da distribuidora de energia.

Segundo informações divulgadas pelo G1, mesmo que reconsiderar esses dois projetos seja a intenção de Lula, essas ações dificilmente vão, de fato, acontecer. Essas decisões deixariam os investidores inseguros quanto ao cenário político, além de gerar certa falta de credibilidade no âmbito jurídico.

Postura do político é criticada no Congresso 

De acordo com políticos ouvidos pelo jornal, a postura adotada por Lula em relação à economia não tem sido acertada. Para eles, suas falas não só assustam o mercado financeiro e os investidores, como também podem tornar o dólar instável, o que refletiria diretamente na economia do país.

Mesmo com o apoio do PT no Congresso, os outros partidos que compõem a base de governo de Lula se mostram contrários a tirar a autonomia do BC. A opinião é similar aos ideais de partidos, como o Republicanos e o PP, que possuem muitas cadeiras na Câmara e têm o poder de barrar projetos.

Lula temia outro aumento nos juros

Ainda de acordo com o G1, o que teria motivado as últimas falas de Lula contra o Banco Central seria a informação de que o órgão regulador poderia aumentar os juros ainda no início de 2023. Isso seria contra o desejo do chefe do executivo, que tem a intenção de derrubar os juros para voltar a estimular o consumo e a economia. 

Para o assessor ouvido pelo jornal, com a pressão feita em cima do Banco Central, dificilmente ele subirá os juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, o “tom” de seus discursos levou a uma pressão ainda maior da inflação, além de uma sensação de instabilidade no mercado financeiro.

 Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil