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Lula volta a criticar juros no Brasil e diz que ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%

Nesta segunda-feira (24), o presidente Lula criticou mais uma vez a taxa Selic e como isso afeta a população mais vulnerável. Saiba mais!

Os juros Selic têm sido um tópico de debate há algum tempo no Brasil devido ao seu percentual recorde, de 13,75% ao ano. Afinal, isso torna a taxa de juros do Brasil a maior do mundo. Nesta segunda-feira (24), o presidente Lula discutiu, num evento em Portugal, como isso afeta a economia brasileira.

Em suma, o chefe do Executivo disse que essa taxa é um um problema no país: “Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”, afirmou o presidente.

Lula e Banco Central: qual o motivo para a elevada taxa Selic?

O Banco Central, órgão que é responsável por estabelecer a taxa Selic, afirma que os juros altos são vitais para controlar a inflação. Porém, essa realidade dificulta o acesso ao crédito por parte da população e das empresas, já que não é viável obter empréstimos com taxas tão altas.

De acordo com o ex-presidente Lula, “um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro tem que circular. Não na mão de poucos, mas na mão de todos”.

Para ele, uma solução seria a redução dos juros, garantindo, assim, que os menos favorecidos participem da economia. Ou seja, estimulando o consumo e, consequentemente, a geração de empregos.

Afinal, como a taxa de juros influencia a inflação?

O aumento do consumo, impulsionado pela redução dos juros e pelo acesso ao crédito, também pode gerar inflação. Afinal, com mais pessoas comprando, a demanda cresce, o que pode levar a um aumento nos preços.

Neste cenário, a taxa de juros, definida pelo Banco Central, é uma das principais ferramentas de controle da inflação. No entanto, um dos efeitos colaterais desse controle é a queda do valor do Produto Interno Bruto (PIB), configurando um dilema para os responsáveis pela política monetária.

Taxa Selic não deve reduzir a curto prazo

O presidente do Banco Central, Campos Neto, reconhece a necessidade de avançar e melhorar a comunicação sobre as metas inflacionárias. Contudo, Neto afirmou que a redução da inflação está sendo mais devagar do que foi previsto, dessa forma, há a possibilidade de não ocorrer uma diminuição da Selic nos próximos meses.

Por fim, no evento em Portugal, Lula usou mais uma vez o lema “colocar o pobre no orçamento”, uma das frases de sua campanha eleitoral em 2022. Além disso, o presidente defendeu que os juros diminuam para que haja mais incentivo ao crédito e para que o país volte a crescer ainda neste ano.

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil