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Magazine Luiza cria novo programa de recompra de ações

Empresa pretende adquirir milhões de ações nos próximos meses. Saiba como funciona a operação e entenda os efeitos para o Magazine Luiza.

O Magazine Luiza anunciou a criação de um novo programa de recompra de ações para adquirir 40 milhões de papéis. Com isso, encerrou-se o programa anterior, iniciado em agosto de 2021. As medidas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da empresa na última sexta-feira (24).

O novo programa vai até 24 de agosto de 2024. Nesse sentido, de acordo com o Magalu, a recompra de ações será feita com recursos da reserva de lucro ou capital, da geração de caixa ou dos resultados do exercício em andamento.

Magalu pretende repetir número anterior

No programa encerrado, a empresa comprou 40 milhões de ações a cerca de R$ 16,14. Atualmente, o mesmo número de papéis corresponde a 1,39% do total em circulação, que é de aproximadamente 2,87 bilhões.

A nova recompra contará com a intermediação das instituições financeiras Itaú Corretora, BTG Pactual, Credit Suisse e JP Morgan. Além disso, as operações serão realizadas em Bolsa de Valores e a preço de mercado, em momento escolhido pela diretoria executiva da empresa.

O que é um programa de recompra de ações?

O programa de recompra de ações é um mecanismo pelo qual as empresas de capital aberto, como o Magazine Luiza, podem comprar papéis emitidos anteriormente por elas mesmas. As normas para essa operação são da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em suma, após a recompra, a empresa pode manter as ações em sua tesouraria ou cancelar sua emissão. No primeiro caso, os ativos ficam “guardados” para uma futura venda, o que pode gerar um ganho de capital, caso o preço se valorize com o tempo.

Por outro lado, se as ações forem canceladas, o número de acionistas da empresa reduz e seu lucro é dividido entre menos pessoas. Assim, a tendência é que os papéis restantes sejam valorizados, inclusive os da própria companhia.

Banco recomenda compra de ações

Na quinta-feira (23), véspera do anúncio do Magazine Luiza, o banco Citi mudou sua indicação neutra sobre as ações da companhia e passou a recomendar a compra. Assim, o preço-alvo dos papéis subiu de R$ 4,80 para R$ 5,00, com potencial de valorização de cerca de 40%.

Em sua análise, a instituição financeira considerou que a competitividade do setor está mais branda para a varejista. Além disso, mencionou que a “crise de crédito de um dos seus maiores competidores” deve elevar o percentual de vendas online do Magalu.

Imagem: rafapress / Shutterstock.com