Globo tentou acordo financeiro com diretor demitido por racismo: entenda
Ex-diretor da Globo demitido por racismo tenta acordo financeiro com as vitimas. Entenda melhor sobre o caso!
O diretor artístico Vinicius Coimbra, que foi demitido da Globo em março do ano passado após acusações de racismo e assédio moral, revelou em uma entrevista recente que os atores envolvidos no caso entraram com um pedido de “reparação financeira”.
As acusações de racismo partiram do elenco da novela “Nos Tempos do Imperador”, a qual ele dirigia e que foi exibida na emissora entre os anos de 2021 e 2022. Em entrevista, o diretor declarou que as vítimas não aceitaram a contraproposta do valor que ele apresentou.
De acordo com a denúncia das atrizes da Globo Dani Ornellas, Cinnara Leal e Roberta Rodrigues, Vinicius Coimbra dividiu os camarins dos bastidores da novela de acordo com a cor de pele, separando brancos e negros. Entenda melhor o caso a seguir!
Sobre o ocorrido nos bastidores da novela da Globo
Durante a sua entrevista para a Folha de São Paulo, Vinicius Coimbra afirma que recebeu as queixas sobre as divisões dos camarins, e que naquela época, a separação era feita de acordo com a quantidade de cenas e dificuldades de locomoção para cada artista.
Após o ocorrido, ele alega ter criado um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp, que foi denominado ‘Diálogos’, que reunia todos os artistas negros e a supervisora de textos da novela da Globo para que os profissionais pudessem apresentar suas queixas e sugestões.
O diretor afirmou que, naquele momento, ele achou que seria uma boa solução para o problema, mas que foi um erro, e que pode ter sido um incômodo para os envolvidos. Ele também afirmou que tentou deixar todos felizes com seus personagens na novela.
O pedido de reparação financeira
Segundo o ex-diretor da Globo, a distribuição dos camarins não era uma das atribuições do seu cargo, mas que quando recebeu as queixas dos artistas, levou o ocorrido para os departamentos responsáveis.
Apesar disso, ele foi demitido em março de 2022 acusado de racismo e assédio moral. As vítimas que realizaram a denúncia solicitaram uma reparação financeira que, segundo Coimbra, estava acima das suas possibilidades financeiras. A contraproposta que ele apresentou não foi aceita.
Por fim, ele disse que, após o ocorrido na Globo, ele fez uma reflexão geral sobre casos raciais, e que pessoas brancas, como ele, que são historicamente privilegiadas, podem ser racistas em algum momento da vida, mesmo sem notar.
