Médico que pediu voto para Bolsonaro durante parto será investigado pelo CRM

Um médico do estado do Pará será investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) após a divulgação de vídeo em que aparece fazendo manifestações pró-Bolsonaro logo após o parto de uma criança. Na filmagem, ele também mostra a mãe do bebê, ainda na maca, e pede que ela declare voto em Jair Bolsonaro.

O médico Allan Rendeiro, na gravação divulgada, também foca no recém-nascido e comenta: “Já nasci 22. Vou votar no Bolsonaro”. Em seguida, ele se dirige ao pai. “Eu vou começar a reclamar aqui no hospital. Para diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha. O doido não vem dizer que vai votar no Lula? Eu digo: ‘Rapaz, tu quer que eu vá já embora e nem opere ela'”, completa.

No fim do vídeo, ele se aproxima da mãe. “Essa daqui é a mamãe do Gael. Dia 30 ela vota…? 22, diga. Vou mandar para o Bolsonaro esse vídeo, que ele está em uma live especial”, finaliza.

Médico será investigado pelo CRM

O CRM, em nota divulgada, afirmou que irá apurar o caso e tomará todas as medidas legais cabíveis. Quem acionou o órgão foi a deputada estadual eleita do Pará Lívia Duarte (PSOL). A Maternidade do Povo, local onde aconteceu o episódio, também se manifestou. Em nota ao g1, o consultório afirmou que o obstetra atende seus pacientes na unidade, mas não é funcionário.

O CRM-PA é uma autarquia criada pela Resolução 112 do Conselho Federal de Medicina (CFM), com o intuito de supervisionar e garantir a ética médica no território em que opera. Entre as competências do CRM-PA, estão a fiscalização do exercício da profissão médica, executar os atos de jurisdição conferidos por lei, manter o registro dos médicos habilitados atuantes do estado do Pará, criar comissões para fins especiais e deliberar as instruções necessárias ao seu funcionamento.

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