Mercado projeta inflação para 9,77% e Selic chegando a 11%
Confira também a projeção para a inflação nos próximos anos.
A estimativa do mercado financeiro para o IPCA, chamada de inflação oficial do Brasil, cresceu de 9,33% para 9,77% em 2021. Em suma, esse já é o 32º aumento consecutivo da projeção. Para 2022, a estimativa de inflação ficou em 4,79%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,32% e 3,09%.
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Durante o mês de outubro, somado ao aumento de preços de combustíveis e alimentos, a inflação aumentou 1,25%. Em suma, é a maior para o mês desde o ano de 2002, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disso, o indicador acumula altas de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses.
Ademais, a previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deveria ser seguida pelo Banco Central (BC). A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para 2021, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%. Por outro lado, para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.
Vale ressaltar que, para chegar à meta de inflação, o BC usa a taxa básica de juros, a Selic, como o principal instrumento. Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano. Já para a próxima reunião do Copom, a estimativa é que a Selic aumente mais 1,5 ponto percentual, de modo a tentar conter a inflação.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, a meta é frear a demanda aquecida e a inflação, e isso impacta nos preços, pois os juros mais altos tornam mais caro o crédito e estimulam a poupança. Dessa forma, as taxas mais altas também podem prejudicar a recuperação da economia.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com
