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Motoristas de Uber PAGAM quase R$ 4.000 para poder trabalhar; entenda

Motoristas de Uber pagam para trabalhar? Pesquisa revela os custos para trabalhar como motorista de aplicativo.

Uma pesquisa realizada pelo grupo Continente da UFMG, em colaboração com o Dieese, revelou que os motoristas de Uber na região metropolitana de Belo Horizonte pagam quase R$ 4.000 para trabalhar e exercerem as suas atividades.

Isso porque, embora o ganho bruto médio mensal seja de R$ 6.488, o montante líquido obtido pelos motoristas é de apenas R$ 2.515. Nesse sentido, o cenário destaca a necessidade crucial de os motoristas compreenderem a equação dos custos para calcular com precisão seus lucros ao utilizar a plataforma de transporte. Entenda!

Motoristas de Uber PAGAM quase R$ 4.000 para poder trabalhar: Confira resultados da pesquisa

Dentro de um carro, mão segurando celular com logo Uber.
Imagem: Proxima Studio/shutterstock.com

Os custos associados ao trabalho como motorista de Uber abrangem gasolina, alimentação, internet, manutenção, prestação do veículo ou aluguel, higienização e seguro. Assim, a pesquisa revela que a consciência sobre essas despesas varia, sendo o gasto com combustíveis considerado por quase todos os entrevistados (99,5%) como despesa direta da atividade.

Além disso, a internet é o segundo item mais reconhecido como despesa, mencionado por 82,5% dos participantes. Outras despesas incluem manutenção do veículo (76,3%), seguro (70%), alimentação (68,6%), lavagem do veículo (64%), prestação do automóvel (40,5%), e aluguel do automóvel (24,7%).

Aplicativo aponta erros na pesquisa e pesquisadores rebatem

Com a repercussão, a Uber contestou a pesquisa, alegando lacunas metodológicas e falta de representatividade nos resultados. Segundo a empresa, as estatísticas foram derivadas de um questionário declaratório, sem rigor estatístico.

Por outro lado, o coordenador do estudo na UFMG, Fábio Tozi, defendeu a abordagem. Para isso, ele explica que, dada a falta de dados precisos sobre a quantidade de motoristas, a pesquisa adotou uma amostragem de 400 pessoas.

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Por fim, as críticas se estenderam à apresentação dos custos, com a Uber apontando a falta de indicação dos itens considerados para a obtenção dos valores. Ademais, a pesquisa, por sua vez, esclarece que as divergências refletem as distintas práticas de organização financeira dos motoristas, sendo detalhadas em categorias de dia, semana e mês.

Imagem: Proxima Studio / shutterstock.com