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Nem-nem deixam de contribuir com R$ 43,6 bilhões na economia, diz CNC

Descubra como os jovens chamados “nem-nem”, impactam a economia brasileira. Conheça os detalhes desse cenário e suas implicações.

Em pesquisa recente, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que os jovens de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham poderiam ter contribuído com cerca de R$ 46,3 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 se estivessem empregados e ativos na economia do país.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população chamada de “nem-nem”. Composta por indivíduos em idade produtiva (15 a 29 anos) que não trabalham nem estudam, chegou à marca de 10,9 milhões de pessoas no ano passado. Isso significa que um em cada cinco jovens dessa faixa etária estava em situação de inatividade em 2022.

Deste grupo, o IBGE registrou que 4,7 milhões de jovens não procuraram emprego e também não demonstraram interesse em trabalhar. A pesquisa da CNC, por considerar uma amostragem mais restrita devido ao recorte etário, baseou-se nos registros de 7,6 milhões desses jovens.

Impacto no PIB

Os cálculos da CNC indicam que, se essa parcela da população estivesse inserida no mercado de trabalho, o PIB brasileiro poderia ter sido de R$ 10,146 trilhões em 2022. Em vez dos R$ 10,1 trilhões registrados. Esse incremento representa um aumento de 0,46 ponto percentual.

grupo de jovens nem-nem
Imagem: Studio Romantic/ Shutterstock

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destaca que a importância dessa população para o crescimento econômico reside no fato de serem jovens com extensos anos de força produtiva pela frente. Dessa forma, ele enfatiza que geralmente são essas gerações mais jovens que impulsionam os motores de inovação e modernização da economia.

Cultura de trabalho

Portanto, ao estarem fora do mercado de trabalho, além da perda imediata em salário e consumo, há um prejuízo mais duradouro. Já que anualmente se perde mais força e oportunidades de crescimento ajustado.

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Tavares também destaca a nova cultura de trabalho presente nas novas gerações, onde a flexibilidade é um atributo importante para o mercado atual. Assim, além de um dresscode mais inclusivo ou variabilidade nas jornadas de trabalho. Ao concluir, enfatiza-se que o economista destaca a importância de conceder espaço para que os jovens possam deixar sua marca e desempenhar seu papel. Ele ressalta que as gerações mais jovens buscam algo além de um emprego, almejando um propósito significativo.

Imagem: Ground Picture/shutterstock.com