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Nova reunião do Banco Central sobre juros acontece nesta semana; o que esperar?

Governo e o Banco Central divergem sobre a taxa de juros. Apesar da discussão, mudanças só devem ocorrer a partir do segundo semestre. Confira!

A taxa básica de juros (Selic) no Brasil atualmente é de 13,75% e não deve ser reduzida, pelo menos por enquanto. É o que afirma o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que fará reuniões nesta terça e quarta-feira, para discutir a Selic.

O governo federal batalha pela queda dos juros, porém o mercado tem expectativa de que a taxa seja mantida e que alterações sejam realizadas somente no segundo semestre. Já especialistas da área econômica, apontam a possibilidade para a redução imediata.

Entenda o impasse sobre os juros

Enquanto especialistas especulam as possibilidades para a redução dos juros, o mercado prevê que mudanças devem ocorrer a partir do segundo semestre. O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, por exemplo, aposta em uma primeira redução no mês de agosto.

Por outro lado, alguns fatores já realizados, poderiam ter levado à diminuição dos juros, como a melhora do cenário da economia do país e a apresentação sobre as novas regras para o gasto público (arcabouço fiscal). No entanto, o BC permanece com a taxa de juros de 13,75%, tendo como justificativa, a alta da inflação.

Redução da Selic melhoraria as expectativas do mercado

O mercado funciona como uma engrenagem, onde as peças influenciam uma nas outras. Assim, a inflação interfere na Selic e a taxa básica de juros impacta na inflação. O professor da Universidade de Brasília, César Bergo, explica que o BC não reduziu os juros porque ainda enxerga a possibilidade de uma alta nos preços.

Mas, aponta que mesmo assim a taxa poderia ser reduzida a 13,5%, já que a economia mostra tendência de crescer 0,96% neste ano. A queda da Selic confirmaria para o mercado esse crescimento. Porém, o presidente do BC argumenta que a redução da Selic não impactaria na oferta de crédito e ainda aumentaria a inflação.

Apesar do executivo federal insistir na redução dos juros, Neto afirma que o BC está trabalhando em conjunto com o governo e que se a decisão fosse simples de ser tomada, já teria sido realizada. Segundo ele, o Banco Central tenta ao máximo diminuir a taxa de juros para estabelecer a inflação dentro do previsto.

Imagem: Andrey_Popov / Shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital