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Novo aumento no salário mínimo confirmado

Instituição Fiscal projeta salário mínimo maior que o governo. No entanto, o impacto nos gastos obrigatórios será de R$ 15 bilhões. Confira!

No dia 1º de maio, o governo federal anunciou o aumento do salário. O reajuste no valor de R$ 1.320 já está em vigor desde então. No entanto, a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, já está projetando o próximo aumento.

De acordo com a instituição, se o governo seguir a base de cálculo apresentada, o salário mínimo em 2024 pode ser de R$ 1.429. Assim, impactará os gastos obrigatórios em cerca de R$ 15 bilhões. Esses números foram fornecidos pela economista Vilma Pinto da IFI.

Governo pretende a valorização real do salário mínimo

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, argumentou que o governo pretende apresentar um projeto ao Congresso Nacional de valorização real do salário mínimo, ou seja, que o mesmo seja calculado acima da inflação. Essa medida já foi realizada em outros anos de governo do Partido dos Trabalhadores.

A fórmula de cálculo considera a inflação do ano anterior baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), adicionada à variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.

Assim, em 2024, conforme a análise do IFI, que considera um INPC de 5,16% – o mesmo do governo – e um PIB de 2,9% em 2022, chega ao valor de R$ 1.429 de salário mínimo.

Nas projeções do governo, o piso salarial para o próximo ano é de R$ 1.389, visto que não se levou em consideração o aumento real, somente a correção da inflação.

Aumento do piso salarial gera diversos impactos

Toda vez que o salário mínimo tem reajuste, um aumento em cadeia acontece. Isso porque piso nacional é a base para diversos outros gastos obrigatórios que o governo arca. Dessa forma, ao subir o salário, outros benefícios também têm seu valor modificado proporcionalmente.

Portanto, de acordo com os cálculos feitos pela IFI, o governo terá em 2024 um impacto de R$ 15 bilhões em gastos com a previdência e benefícios assistenciais, chamados de gastos obrigatórios. Veja o impacto nos gastos – se houver o reajuste real do salário mínimo:

  • Previdência Social – R$ 10,6 bilhões;
  • Benefícios Assistenciais – R$ 2,7 bilhões;
  • Fundo de Amparo ao Trabalhador – R$ 1,6 bilhão.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com