O devedor não quer te pagar? Veja como reverter a situação
Entenda quais são as formas legais e efetivas de conseguir seu dinheiro de volta em caso de empréstimo não respeitado.
Segundo levantamento por parte da Boa Vista Serviços, os parentes e amigos são, de longe, a maior fonte de empréstimo no país. Para que você não perca seu amigo e seu dinheiro, entenda como baixar um modelo de contrato para que você possa usar e, assim, evitar vários problemas.
O levantamento da empresa Boa Vista Serviços indicou que a cada 10 brasileiros que fizeram empréstimos no primeiro semestre do ano de 2022, 7 deles haviam conseguido o dinheiro por meio de seus parentes, familiares ou amigos.
Ou seja, somente 3 a cada 10 haviam conseguido o dinheiro por meio de bancos e/ou financeiras. Isso indica que a maior parte dos empréstimos realizados no cenário econômico geral foi feita entre pessoas que se conheciam e que, por inúmeras vezes, possuíam como característica central a informalidade acompanhada com base na pura confiança.
Não existem dados disponíveis a respeito da falha de compromisso presente neste método. Entretanto, o que não falta são relatos que evidenciam calotes sofridos por quem havia emprestado dinheiro, o cartão, o crediário e o CPF.
É altamente provável que você já tenha passado por algo assim ou ao menos conheça alguém que o tenha.
Como é possível cobrar o dinheiro que o devedor não quer me pagar de volta na Justiça?
São três as ações possíveis que dão a autorização ao credor de cobrar o seu devedor:
- Execução;
- Monitoria;
- Cobrança.
Segundo o advogado Demétrius Dalcin, dentre os três métodos citados acima, o mais efetivo e rápido para resolver essa questão é o da Execução. Contudo, para que seja válido também acaba sendo o que exige o maior número de provas.
Para que a pessoa possa entrar com essa ação, é necessário que haja um contrato com firma reconhecida ou, então, a presença de duas testemunhas.
Neste tipo de ação o devedor não terá nenhuma alternativa além de pagar de forma voluntária o valor dentro de 15 dias. Caso ele não o faça, o juiz poderá penhorar os bens, bloquear as contas, o passaporte, a CNH e os cartões de crédito do mesmo.
No caso da Monitoria, para que seja possível entrar com tal recurso, a pessoa terá de possuir uma prova escrita, “um título que se possa cobrar”, tendo sido feito, no máximo, há dois anos. Nesse caso, a sentença do juiz é que o devedor pague a dívida dentro de um período de 3 dias, ou que então, apresente uma defesa em 15 dias.
E, por fim, no caso da Cobrança, para que a mesma possa ser válida, são aceitos quaisquer tipos de prova, como por exemplo: transferência bancária, testemunhas oculares, mensagens de texto etc.
Tal opção é mais complicada porque levanta a necessidade de uma investigação. Caso o credor ganhe essa ação, o mesmo poderá entrar com a de Execução.
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