O que acontece ao pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito?
Ao pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito, as regras da modalidade mudam para os consumidores. Saiba mais!
Você já se perguntou: “Se eu pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito, o que acontece?” Essa é uma pergunta bastante comum entre os consumidores, e é crucial entender a resposta para evitar acumular dívidas desnecessárias.
No momento que você realiza o pagamento apenas do valor mínimo da fatura, você automaticamente entra no que chamamos de crédito rotativo. Isso significa que o restante do valor será incluso no mês seguinte com a adição de juros. A questão do rotativo do cartão é um tópico frequente de debates entre o governo federal, o Banco Central e os bancos.
Mínimo da fatura do cartão de crédito: alta taxa de juros
Pegando como exemplo a taxa de juros do crédito rotativo que chegou a 409,3% ao ano no final de 2022, um consumidor que opta por pagar somente o valor mínimo da fatura está correndo um grande risco de entrar em um ciclo agudo de endividamento.
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Os juros rotativos mudam mensalmente, porém, em geral são alguns dos mais altos do mercado. Conforme o Banco Central, em maio de 2023 a média dos juros do rotativo era de 455% ao ano, o que representa 15,18% ao mês.
Dessa forma, ao decidir pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito, o consumidor estará submetendo-se a estes altos juros, o que pode levar a um aumento expressivo da dívida com o passar do tempo.
Como funciona o crédito rotativo?
A partir de abril de 2017, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu algumas normas para evitar que o consumidor caia em um ciclo de endividamento. Com essas mudanças, o órgão definiu que o consumidor só pode usar o crédito rotativo durante o prazo máximo de 30 dias.
Apósesse período, o devedor deve pagar o valor total da dívida ou terá que arcar com o valor parcelado a juros menores. Enquanto o consumidor não resolver a pendência do rotativo, o uso de novo crédito não é possível. No entanto, as cobranças futuras podem tornar-se uma bola de neve, em razão dos juros e parcelamentos, dificultando assim a liquidação da dívida.
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