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O que acontece com as ações após a falência de uma empresa? Elas deixam de existir?

Quem investe em ações precisa ficar atento à saúde financeira da empresa, pois pode haver prejuízo sim. Confira!

Quem tem dinheiro geralmente investe parte de seu patrimônio em ações de empresas, pois, assim, conseguirá aplicar o valor em um lugar seguro e, ainda, pode ganhar mais dinheiro com os dividendos vindos dessa empresa.

No entanto, essa transação, que parece ser tão segura, pode, na verdade, indicar grande prejuízo em caso de falência da empresa, que ocorre quando a mesma passa por uma recuperação judicial e, ainda assim, não consegue arcar com suas dívidas.

Dessa forma, a empresa terá que vender todos seus ativos. Durante esse processo, muitos saem prejudicados, inclusive aqueles que investiram suas ações na instituição falida.

Mas o que acontece com as ações investidas?

Ao longo do tempo, o sistema financeiro se modernizou e, atualmente, quem tem ações investidas em uma empresa que decreta falência não perderá por completo o dinheiro que investiu.

As ações se dividem em: totalmente pagas e não-avaliáveis. Dessa forma, ações aplicadas em uma empresa que faliu passam a ter valor zero. Ou seja, o dinheiro investido vai sumir.

Embora não gere dívidas para os investidores, o prejuízo existe, pois em algum momento uma boa quantia de dinheiro foi aplicado em ações que agora não tem valor nenhum.

Mas o lado positivo é que o investidor não terá que se envolver com os credores da empresa, mesmo que tenha sido sócio e tenha lucrado com os dividendos em algum momento.

Mesmo assim é preciso atenção

Quem investe em ações aplica seu dinheiro em empresas consolidadas, que têm estabilidade no mercado e que irão gerar lucro para os acionistas.

Assim, é comum que investidores deem o valor dessas ações como garantia em financiamento de bens. No entanto, uma crise financeira pode ocorrer a qualquer momento e pegar todos os envolvidos de surpresa.  

Dentro desse contexto, estão as corretoras que costumam ofertar empréstimo chamado de conta margem. Nesse tipo de empréstimo é possível pegar dinheiro e dar as ações como garantia, porém se a empresa falir a corretora emite uma chamada de margem, e o empréstimo precisa ser quitado imediatamente, ou a corretora poderá pegar outros bens para pagar essa chamada.

Portanto, apesar de não gerar dívidas para o investidor e o mesmo não ter que arcar com os prejuízos junto aos credores, quem investe precisa ficar atento às operações financeiras que envolvam essas ações. 

Imagem: REDPIXEL.PL / Shutterstock.com