Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Pagamentos parcelados sem juros vão acabar? Especialistas revelam consequências

Estudo da Febraban revela que o fim do parcelamento sem juros em cartões de crédito pode reduzir taxas pela metade. Saiba mais!

Uma discussão está cada vez mais quente em Brasília. Ela diz respeito à criação de um teto para a taxa de juros que são cobradas no rotativo do cartão de crédito, aplicado quando usuário paga a fatura com um valor menor que o integral.

A partir disso, uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que eliminar o parcelamento sem juros nas compras poderia reduzir o custo do pagamento de juros nominais no Brasil. Saiba mais!

Febraban indica que parcelamento sem juros aumenta custos

Um estudo da Febraban propõe que acabar com o parcelamento sem juros nos cartões de crédito poderia reduzir pela metade as taxas de juros no Brasil. Atualmente, elas oscilam em torno de 12,42% ao mês, mas poderiam ser reduzidos para patamares mais próximos a 6,6% ao mês.

Há debates para que haja a criação de um teto para as taxas de juros cobradas no rotativo dos cartões de crédito que ultrapassam 400% ao ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu uma proposta de reforma para o setor em até 90 dias.

No entanto, apesar da perspectiva de redução dos juros ser atrativa, a Febraban alerta para as possíveis consequências negativas. Em nota, a Federação pontuou a importância da diminuição dos custos de crédito no Brasil, mas enfatizou que é imprescindível “atacar as causas dos altos juros, sem adoção de ‘medidas artificiais’”.

Além disso, com essas medidas, estima-se que até 65 milhões de cartões de crédito seriam retirados de circulação, prejudiando, especialmente, as classes mais baixas.

A importância do cartão de crédito no Brasil

A Febraban enfatizou o papel crucial que o cartão de crédito ocupa na economia brasileira. Atualmente, ele é responsável por uma fatia de US$ 406 bilhões em compras, representando 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e 40% do consumo das famílias.

Por fim, em comparação com outros países, esses números ultrapassam até mesmo a maior economia mundial, os EUA, onde o cartão de crédito representa 18% do seu PIB e 28% do consumo familiar.

Imagem: Suradech Prapairat / Shutterstock.com