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Para quais bancos a Americanas está devendo? Confira os valores!

O recente anúncio do rombo fiscal de R$ 20 bilhões da Americanas pegou o mercado de surpresa. Além da dívida, um dia depois do anúncio de inconsistência fiscal, o CEO e o diretor de relações com investidores renunciaram seus cargos.

Vale destacar que ambos tinham assumido suas posições recentemente. Desse modo, a Americanas solicitou, no dia 13 de janeiro, dois dias depois do anúncio, uma proteção de 30 dias contra a antecipação do vencimento de dívidas.

Ou seja, a varejista vai usar esse período para tentar negociar com seus credores. Sendo assim, nesta quarta-feira (25), de acordo com o Estadão/Broadcast, a Americanas entregou a lista de credores do processo de recuperação judicial. Portanto, são 7,9 mil nomes no total. 

Quem são os maiores credores da varejista? 

Primeiramente, é necessário destacar que os bancos são os maiores credores da Americanas, totalizando 12 instituições. Assim, só com os bancos, a dívida chega a R$ 26,4 bilhões, mais da metade do valor total, que chega a R$ 41 bilhões.

Apesar da varejista já ter divulgado os nomes das instituições e quanto deve a cada uma delas, o Broadcast afirma que é possível que a lista não seja definitiva. Isso porque as informações ainda estão sendo levantadas. 

Lista de credores da Americanas

Veja, a seguir, a lista de credores e o valor que a varejista deve a cada um deles:

  • Deutsche Bank – R$ 5,2 bilhões;
  • Bradesco – R$ 4,8 bilhões;
  • Santander – R$ 3,6 bilhões;
  • BTG Pactual – R$ 3,5 bilhões;
  • BV – R$ 3,3 bilhões;
  • Itaú – R$ 2,9 bilhões;
  • Banco do Brasil – R$ 1,3 bilhão;
  • Daycoval – R$ 509 milhões;
  • Caixa – R$ 501 milhões;
  • Banco ABC Brasil – R$ 415,6 milhões;
  • BNDES – R$ 276 milhões;
  • Banco da Amazônia – R$ 103 milhões. 

Acionistas de referência

Os acionistas de referência da Americanas, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles, se manifestaram recentemente sobre o caso. 

Em nota, o trio declarou que não sabia do rombo fiscal e que não admitiram qualquer manobra contábil da Americanas.

Os bilionários ainda mencionam no comunicado a PwC, responsável por fazer a auditoria da companhia, que nem as instituições financeiras, nem a empresa, denunciaram as irregularidades.

Contudo, o Bradesco refutou publicamente a tese do trio e afirmou que não compactua com “alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade”. O banco ainda destacou que a governança contábil cabe aos administradores da empresa. 

Imagem: Thiago bacelar / Shutterstock.com