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Pirâmide financeira: por que você não deve entrar em uma

Com as oscilações do mercado, a instabilidade financeira e as mudanças causadas pela Reforma da Previdência, cada vez mais trabalhadores têm buscado maneiras de fazer o seu dinheiro render.

As buscas por informações sobre investimentos, day trade, compra de ações e similares cresceram significativamente nos últimos meses – e a tendência, pelo que temos visto, é que isso continue. O futuro se tornou uma preocupação do brasileiro, o que é, apesar do momento instável, uma grande vitória.

A busca por novas fontes de renda, no entanto, não deve nos tornar ingênuos com relação às possibilidades do mercado e às possíveis fraudes (as quais, infelizmente, estão por todos os lados).

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre os esquemas de pirâmide financeira, que frequentemente são vendidos como uma possibilidade de fazer dinheiro sem esforço e, em quase todos os casos, acabam se revelando como um grande problema. Confira.

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Antes de tudo: é crime

A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil. Segundo a Lei 1.521/51, trata-se de crime contra a economia popular, uma vez que promete retorno financeiro em pouco tempo, mas não explica um fato: a pirâmide só é vantajosa enquanto o participante consegue atrair novas pessoas para o esquema.

Quando isso não acontece, o dinheiro para de entrar e, claro, simplesmente não funciona.

É preciso que compreendamos que esquemas de pirâmide geralmente são baseados no recrutamento de novos participantes (os quais nem sempre estão cientes de que estão entrando em um esquema criminoso). Há esquemas onde não há venda de produtos, apenas promessas financeiras mediante recrutamento.

Em outros casos – e isso acontece até com marcas grandes, que são bastante populares por aí -, existe venda de produtos, mas ela é apenas uma forma de camuflar a verdade da situação.

Como saber se uma proposta de negócios é pirâmide financeira?

Primeiro, é preciso saber que um esquema criminoso não se venderá como um esquema criminoso: o participante tentará, desde o primeiro momento, convencer o novo possível membro de que se trata de um processo idôneo, com grandes vantagens, inclusive se colocando em uma posição de “vitorioso”.

Não é incomum que o discurso, aliás, se utilize de lugares comuns e histórias de sucesso das mais dramáticas – pessoas que não tinham dinheiro para pagar o aluguel conseguiram, dentro de seis meses, comprar uma casa na praia e abrir um negócio.

Isso pode até ter acontecido com alguém sem o auxílio de um processo ilegal, mas acredite: a chance é muito pequena.

Além disso, o UOL, em recente artigo, enumerou os sinais de que uma “oportunidade de emprego” pode, na verdade, ser um esquema de pirâmide financeira:

  • Promessa de lucro exorbitante ou pelo menos retorno alto, garantido;
  • Promessa de lucro extra ao indicar novas pessoas para a oportunidade em questão;
  • Falta de informações sobre o produto a ser vendido;
  • Falta de informações relevantes sobre a empresa responsável pelo produto, pelos responsáveis financeiros por todas as transações, pelos donos por detrás de todo o esquema que, teoricamente, é reconhecido como uma grande autoridade.

Marketing multinível é pirâmide?

Não; são duas coisas diferentes. O marketing multinível é utilizado por empresas idôneas, como a Avon: nesses casos, os ganhos não são garantidos, visto que o empreendedor só ganha dinheiro se fizer vendas, e há transparência em todo o processo de entrada, negociação de valores, etc.

Trata-se de um modelo de negócios sustentável, já que há a distribuição de serviços ou produtos por meio da indicação de pessoas que estão cientes de todas as informações acerca da empresa para a qual trabalham, das margens de lucros possíveis e de detalhes similares.

Na pirâmide financeira, nem sempre há venda de produtos, como já comentamos, e boa parte das promessas de retorno financeiro vem da obrigação de conseguir novas pessoas para entrarem no esquema.

Às vezes, a pirâmide obriga os novos participantes a comprar uma quantidade de produtos específicos ou pagar por treinamentos de persuasão – mais uma forma de tirar dinheiro das pessoas que estão em busca de emprego e oportunidades.

Podemos resumir a situação da seguinte maneira: entrar em uma pirâmide financeira é investir dinheiro em algo que não existe e, na tentativa de recuperar o montante investido, aliciar mais pessoas para um esquema criminoso e com grandes chances de falência (ou pior).

Trazer pessoas para situações consideradas ilegais, como é o caso do recrutamento feito com indivíduos que não estão cientes de que estão sendo levados para uma pirâmide financeira, também é considerado como conduta criminosa.

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Imagem: Pazyuk/shutterstock.com