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Polêmica dos dividendos da Petrobras: entenda!

A Petrobras está enfrentando polêmicas envolvendo os dividendos da empresa. Clique aqui para entender mais a respeito!

A Petrobras optou por não pagar os dividendos extraordinários do último trimestre de 2023. A decisão veio após a divulgação dos resultados financeiros de tal período nessa última quinta-feira (7). No trimestre, foram anunciados um total de R$ 14,2 bilhões em dividendos, segundo o modelo mínimo de pagamento adotado pela empresa.

Mesmo com uma proposta da diretoria da Petrobras para pagamento de metade dos dividendos extraordinários, os representantes governamentais que fazem parte do Conselho de Administração votaram contra.

Devido a esse posicionamento, houve o pagamento de apenas os dividendos ordinários , totalizados em R$ 14 bilhões. Jean Paul Prates, presidente da instituição, se absteve da votação, o que gerou certo descontentamento no Palácio do Planalto.

Qual a participação do governo?

Fachada de unidade da Petrobras, com o logo em uma parede cinza
Imagem: Donatas Dabravolskas/Shutterstock.com

O governo Lula está envolvido em uma disputa de influência na Petrobras, conforme relatado pelo blog do Valdo Cruz. A diretoria da empresa propunha distribuir metade dos dividendos extraordinários previstos, mas os indicados pelo governo no Conselho de Administração votaram contra, com apoio da representante dos funcionários da Petrobras.

Essa situação reflete uma disputa entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pela influência na companhia, que remonta ao início do governo Lula. Silveira emplacou aliados no Conselho de Administração, juntamente com indicações da Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa, proporcionando à ala do governo alinhada a Silveira uma maioria nas decisões estratégicas da empresa.

Reunião de Prates e Lula frente à discordância sobre dividendos

Silveira, alinhado com uma posição forte no Palácio do Planalto, era contra o pagamento dos dividendos extraordinários, enquanto Prates era a favor.

Prates, por sua vez, se absteve de votar sobre os dividendos no conselho, diferentemente dos outros representantes do governo.

Diante disso, Prates e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram para tratar da discordância, na última segunda-feira (11).

O que mudou na política da Petrobras?

No passado, a Petrobras tinha o costume de distribuir dividendos mínimos e extraordinários de 60% da diferença entre fluxo de caixa operacional e investimentos, principalmente quando o endividamento da empresa fosse menor que US$ 60 bilhões.

Porém, em julho de 2023, houve mudanças em seu estatuto social, aplicando critérios mais rígidos para o pagamento de dividendos extraordinários.

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Apesar dos resultados de 2023 indicarem a possibilidade de pagamento desses dividendos, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu pagar somente os dividendos mínimos, transferindo o valor de R$ 43,9 bilhões à reserva de remuneração de capital.

Imagem: Simon Mayer / shutterstock.com