Por que o BNDES vai emprestar dinheiro para outros países?
O presidente Lula indicou que o Brasil voltará a financiar os projetos de engenharia e desenvolvimento em outros países. Entenda os motivos!
Lula esteve na Argentina na última semana para estreitar laços com os países da América Latina. Assim, durante a visita, o presidente Lula indicou que o Brasil voltará a financiar os projetos de engenharia e desenvolvimento em outros países.
Esse investimento seria feito por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Contudo, a sugestão de Lula causou polêmicas e críticas por parte dos brasileiros, até mesmo notícias falsas surgiram a respeito do assunto.
Quando o presidente estava em Buenos Aires, ele destacou que a ideia era auxiliar os países latinos a crescerem, até então vender o resultado deste crescimento para o Brasil.
Projetos internacionais
Primeiramente, durante a visita à Argentina, Lula afirmou, na Casa Rosada, que pretende criar condições para financiar o gasoduto Néstor Kirchner no país.
Cabe mencionar que a primeira fase do projeto já foi concluída e que o governo da Argentina tem buscado recursos para continuar a obra.
O projeto conta com 500 km de extensão e liga os campos de óleo e gás da região de Vaca Muerta até San Jerónimo. Futuramente, o gasoduto pode se conectar com o Rio Grande do Sul, mas essa ideia ainda não saiu do papel.
Afinal, o que é BNDES?
O BNDES surgiu em 1998 e visa financiar a exportação de bens e serviços de engenharia do Brasil. Contudo, o banco parou nos últimos anos devido às polêmicas envolvendo empreiteiras.
Em 2023, o banco ainda gera polêmicas e divide opiniões nas redes sociais. Isso porque algumas pessoas relembram casos de corrupção envolvendo o BNDES, e outras destacam que essas estratégias beneficiam as empresas brasileiras, além de gerar empregos.
Como funciona?
Ao contrário do que muitos pensam, o empréstimo é feito no Brasil e em reais. Ou seja, o BNDES empresta dinheiro às companhias nacionais que vendem para fora.
Assim, posteriormente, os países que foram beneficiados com as obras pagam o débito de forma parcelada. Vale destacar que há uma taxa de juros anual que é definida por um acordo entre o Governo Federal do Brasil e da nação que receberá o projeto.
Além disso, o FGE (Fundo de Garantia à Exportação) faz parte do processo e funciona como um seguro, isso se o devedor não pagar o combinado. Ou seja, em caso de inadimplência o financiador é indenizado e recupera o valor.
O FGE foi motivo de polêmica durante as gestões petistas anteriores, visto que foram registrados calotes e financiamentos que beneficiaram empreiteiras corruptas. Essa situação foi alvo da Operação Lava Jato.
Qual a vantagem para o Brasil?
De acordo com o próprio BNDES, financiar exportações de bens e serviços feitos no Brasil visa aumentar a competitividade de empresas brasileiras. Assim, por meio dessas estratégias gera-se empregos e renda no país, além de entrada de divisas.
Ou seja, essa estratégia funcionaria como um impulsionador para as empresas brasileiras, especialmente para as mais novas, que tem como área de atuação mercados difíceis e competitivos.
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