Possível quebra da Binance pode acarretar em resultados desastrosos no mundo dos criptoativos
Mercado de criptomoedas começa a pensar no que vai acontecer se a Binance (maior corretora) quebrar. Saiba quais são as previsões
Na segunda-feira (27), a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) – um dos órgãos reguladores do sistema financeiro dos Estados Unidos – anunciou que está processando a Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo. Agora, o mercado está se preocupando com uma possível quebra da corretora.
Se 2022 foi o ano da falência de várias corretoras de criptomoedas, 2023 será o ano da regulamentação desse setor. Esta semana, a Comissão denunciou a Binence, o seu CEO e o ex-diretor de compliance da empresa.
De acordo com a CFTC, a corretora sistematicamente procurou formas de burlar a regulação dos Estados Unidos em favor de aumentar seus ganhos financeiros e de seus clientes. Assim, ela busca uma punição civil e monetária dos envolvidos.
Quebra da Binance vai abalar as estruturas do mercado, mas não para sempre
Desde o anúncio do processo contra a Binance, mais de US$ 1,6 bilhão foram sacados da empresa por investidores receosos com o que pode acontecer. Assim, a média de retiradas feitas por clientes da corretora tem sido de US$ 385 milhões por dia nas duas últimas semanas.
Diante dessa situação, muitos se perguntam o que vai acontecer com o mercado de criptomoedas se a Binance falir. Caso esse cenário se torne realidade, a expectativa é que as criptomoedas sofram um forte baque, marcado pela sua desvalorização.
Porém, esse cenário deve se manter apenas no curto e médio prazo. Analistas acreditam que com o passar do tempo o mercado de criptomoedas volte a se reestruturar. Algo parecido com o que aconteceu com a crise depois da falência da FTX.
Cenário mais provável
Se a Binance for condenada nesse processo, provavelmente, ela será proibida de atuar nos Estados Unidos e terá de pagar uma multa. As cotações das moedas digitais passariam, assim, por um período de forte oscilação, mas a corretora não deixaria de existir.
Um exemplo: apesar dos bilhões de dólares sacados até agora, o valor não chega perto dos US$ 3 bilhões em retiradas feitas em dezembro do ano passado, quando a empresa divulgou o seu status de reserva.
Imagem: Shizume / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital