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Postura do Santander no Brasil pode trazer resultados cada vez piores ao banco

Santander escolhe focar em apenas um segmento dos seus clientes e pode ver o seu lucro cair. Clique para entender.

Atualmente, o Santander é o sexto maior banco em atuação no Brasil em número de clientes. Entretanto, com o lançamento do seu balanço trimestral, no dia 25 de abril, ficou claro que a instituição está focada em um segmento específico de negócios.

O rombo da Americanas e a crise econômica pela qual o país passa causou uma recessão no sistema de crédito brasileiro. Ou seja, os bancos estão mais cautelosos na hora de conceder empréstimos e financiamentos para os clientes.

Dessa forma, está mais complicado para pessoas físicas e jurídicas, de baixa e média renda, conseguir contratar uma linha de crédito. Nesse sentido, o balanço do Santander mostra que a instituição está olhando para os consumidores de alta renda.

Santander aumenta clientes de “alta renda” e também os provisionamentos

O balanço do primeiro trimestre desse ano mostrou que o Santander conseguiu aumentar o número de seus clientes de “alta renda”. Em março, o Santander Select contava com 814 mil consumidores em todo o país.

De acordo com o presidente do banco no Brasil, Mario Leão, o objetivo é atingir 1 milhão de clientes até o final de 2023. No entanto, assim como houve um aumento no seguimento Select, a inadimplência também cresceu.

Até março, a inadimplência (com mais de 90 dias) chegou a 3,2%, o que obrigou o Santander a fazer um provisionamento de R$ 11 bilhões. Consequentemente, esse valor impactou os lucros da empresa, que tiveram uma queda de 46,6%.

Banco prefere crescer menos

Diante do cenário de aumento da inadimplência, Leão disse que o banco freou a concessão de crédito. Assim, as ações do Santander estão voltadas para os clientes de alta renda, que podem gerar uma receita 8x maior do que os consumidores do varejo.

O presidente do banco acredita que será mais proveitoso crescer menos, mas crescer com qualidade, especialmente durante esse momento de recessão econômica.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom/shutterstock.com