Preço da gasolina dispara após refinaria ser privatizada; saiba mais

O preço da gasolina no Amazonas disparou após a privatização de uma refinaria em Manaus. Somente em um mês, a commodity sofreu uma alta de 11% na região — uma alta cinco vezes superior à média do Brasil.

Além de afetar o preço dos combustíveis para o consumidor final, a decisão também impulsionou a disparada do gás de cozinha, tornando o poder de compra dos amazonenses menor.

A alta da gasolina é fora da realidade?

Embora o preço assuste os consumidores, pois, desde que o grupo Atem assumiu o fornecimento de petróleo da região houve uma alta de 20% nos preços do Amazonas, os especialistas vêm o valor como normal.

Segundo especialistas do setor, os preços praticados na região refletem um valor real do combustível. Para ele, os valores vistos em outras regiões do país não seriam tão factíveis, já que todos os custos envolvidos na produção são diluídos pela Petrobras, responsável pelo fornecimento do produto em todo o território nacional.

Justificativa do preço

Após a polêmica em torno do preço praticado no Amazonas, a Atem emitiu uma nota a imprensa afirmando que os seus valores correspondem com os do cenário internacional. 

A empresa ainda alega que incorpora para o consumidor custos logísticos, somado não só ao frete para a chegada na região, mas também a variação do câmbio. Ainda em seu comunicado, a empresa alegou que os preços são modificados ao longo de todas as semanas, acompanhando o preço praticado em todo o mundo.

Mesmo com as justificativas, o jornal ‘O Globo’ apontou que outras entidades e empresas já haviam alertado o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de que os preços seriam altos a partir do momento que a Atem assumisse a região. Segundo eles, a motivação seria o monopólio da empresa, que poderia definir os parâmetros de preço sem a livre concorrência.

Imagem: Pavel Kubarkov/shutterstock.com