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Presidente do Banco Central fala sobre os motivos por trás da Selic a 13,75%

Campos Neto tratou sobre as motivações do Banco Central em manter a taxa básica de juros em altos patamares. Confira!

Em entrevista ao Roda Viva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre a manutenção da taxa Selic em 13,75% – um alto patamar que o presidente Lula (PT) tem criticado.

Segundo ele, a instituição tem como objetivo manter o bem-estar social. Por isso que se faz necessário manter a taxa básica de juros em altos níveis, uma vez que ela é responsável por desacelerar a alta da inflação. Quando a inflação está muito alta, o poder de compra dos brasileiros se reduz.

Nesse sentido, Campos Neto reforçou que a taxa inflacionária “gera uma diferença muito grande entre quem tem capacidade de se proteger e quem não tem”, por isso o cuidado com a inflação é também o cuidado com o social. 

Inflação atual 

A inflação atual apontada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado dos últimos 12 meses até janeiro é de 5,77%. A divulgação é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para este ano, a meta inflacionária é de 3,25%, podendo oscilar para cima ou para baixo. 

No ano passado, a taxa chegou na casa dos dois dígitos, o que fez com que o Banco Central acelerasse o ciclo de aumentos na Selic. Agora, ela está estacionada em 13,75% ao ano. 

Críticas ao Banco Central

O presidente Lula e membros de seu partido têm criticado o atual patamar da Selic, culpando o Banco Central por isso. Não à toa, o clima entre as partes envolvidas esquentou nos últimos dias. 

Na última semana, o PT apoiou o convite para que Campos Neto compareça ao Congresso Nacional para tratar sobre a atual política adotada pela autoridade monetária e explicar os motivos por trás da elevada taxa de juros. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou Campos Neto à presidência do BC em 2019 com um mandato de 4 anos. No mesmo ano, foi decretada a lei que garante a autonomia do banco como uma forma de se blindar de interferências políticas. 

Imagem: Jo Galvao / Shutterstock